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Drama com os atingidos pelo rompimento da barragem em Mariana longe de terminar

Paulo César de Oliveira
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Os deputados da Comissão Extraordinária das Barragens, da Assembleia Legislativa, têm uma reunião marcada para hoje. A comissão vai funcionar durante o recesso parlamentar, para acompanhar as investigações do rompimento da barragem em Mariana e dos impactos no meio ambiente. Pelo menos 20 deputados envolvidos no trabalho vão se revezar nas reuniões e discussões até o retorno dos trabalhos em fevereiro. O maior acidente ambiental do país aconteceu no dia 5 de novembro, com o rompimento da barragem de Fundão, da mineradora Samarco, liberando 55 milhões de m³ de rejeitos. Pelo menos 17 pessoas morreram no acidente que atingiu o rio Doce até o estado do Espírito Santo. Na última semana, o juiz federal Marcelo Aguiar Machado concedeu uma liminar determinando a “indisponibilidade das licenças de concessões para exploração de lavras existentes em nome das empresas”. O documento obriga a Vale e a BHP a fazerem um depósito inicial de R$ 2 bilhões em 30 dias, mas estima que a recuperação total dos danos deve custar cerca de R$ 20 bilhões. O magistrado determinou também que seja apresentado um plano de recuperação socioeconômica das populações atingidas em um prazo de 15 dias. A decisão diz também que a Samarco tem 10 dias para estancar eventuais vazamentos de rejeitos de minérios que continuem ocorrendo nas barragens rompidas, ou provar que eles não estão ocorrendo. Caso as empresas não cumpram essas e outras determinações que constam na liminar, podem receber uma multa diária de R$ 150 mil. Mas se o depósito inicial de R$ 2 bilhões não for feito, a multa pode ser elevada para R$ 1,5 milhão por dia.

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