Afinal, quem manda? Se é que alguém manda

Diz um ditado popular que cachorro que tem dois donos morre de fome. Que dizer então de um país que tem três Poderes, cada um se considerando o único e estendendo seus tentáculos sobre os demais? É o Brasil de hoje que, parece não ter Poder algum. A sensação que se tem é a de que o país está sem controle, com um funcionamento apenas aparente de suas instituições pois, por aqui, nada se resolve. Faz-se espuma apenas e, quando se diluiu, vê-se que tudo permanece como antes. Triste momento este vivido pelo Brasil. Quando se pensava que, finalmente caminhávamos para um destino que dizem ser o nosso desde que Cabral chegou por aqui, damos uma brecada, seguida de um retrocesso que se acentua a cada momento. E nossos Poderes são simplesmente incapazes de sentir o solavanco. Agem como se estivéssemos no melhor dos mundos, com tudo perfeito. Como se o povo tivesse saúde, educação, lazer. Como se o empreendedores tivesse a infraestrutura necessária para produzir. Como se fossemos um país com segurança jurídica. Sem violência e sem corrupção. Vivem em outro mundo, em Marte, talvez. O 2015 que está se encerrando foi assim. Inteiramente perdido, tanto na economia quanto na política. Os nossos índices econômicos retroagiram ao início da primeira década do milênio. Tínhamos avançado em qualidade de vida, mas já perdemos terreno. Tínhamos avançado na distribuição de renda, bem verdade que de forma marota com o Bolsa Família, e certamente até por isso, já regredimos. Na política estamos assistindo à derrocada de dois dos nossos maiores partidos, o PT e o PMDB, que estão se dissolvendo, envolvidos em corrupção e briga por poder. Positivamente andamos para trás em 2015 e, se considerarmos as projeções, vamos dar mais alguns passos para trás em 2016. A não ser que Papai Noel deixe por aqui sacos cheios de responsabilidade, competência e ética.