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Os números de 2016 só pioram

Paulo César de Oliveira
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A primeira pesquisa feita em 2016 pelo Banco Central (BC) com analistas do mercado financeiro traz previsões pouco animadoras para este ano e o próximo. Inflação, dólar e juros em alta. Já os números para o desempenho do PIB encolheram. Os dados foram coletados até sexta-feira passada e divulgados nessa segunda-feira. A previsão para o PIB de 2016 foi piorada pela 14ª semana consecutiva e encostou nos 3%. No relatório anterior, a expectativa era que a economia sofresse uma contração de 2,95%. Agora, os economistas já preveem uma queda de 2,99%. Para 2017, a expansão de 1% prevista no Focus anterior foi revista para baixo, ficando em 0,86%.Os economistas mantiveram a previsão para a taxa Selic ao fim de 2015 em 15,25% — um ponto percentual acima do nível atual. A expectativa é de uma alta de 0,5 ponto percentual já na próxima semana pelo Comitê de Política Monetária (Copom), apesar de especulações no mercado futuro de juros sobre pressões para o BC manter a Selic em 14,25%. Para o ano que vem, a projeção foi elevada pela segunda vez seguida, passando de 12,50% para 12,75%.

 

A inflação continua subindo, sem controle

Mesmo com o aperto monetário em vista, as expectativas para a inflação não param de piorar. A previsão para o IPCA deste ano subiu pela segunda semana seguida, passando de 6,87% para 6,93%. Se o dado se confirmar, será o segundo ano consecutivo em que o índice de preços superará o teto da meta do governo, que é de 6,5%. Na sexta-feira, o IBGE divulgou a inflação oficial de 2015, que fechou o ano em 10,67%, a maior em 13 anos, estourando o teto da meta do governo pela primeira vez desde 2003. A perspectiva de inflação para o ano que vem foi mantida em 5,20%. Este número, no entanto, continua acima do centro da meta do governo, que é de 4,5%. Para 2017, o BC reduziu a margem adotada até este ano: em vez de dois pontos percentuais para cima ou para baixo a tolerância será de 1,5 ponto percentual. Assim, no ano que vem, para cumprir a meta, o IPCA deve ficar entre 3% e 6%. Já a previsão para o dólar foi elevada tanto para este ano quanto para o próximo. Os economistas revisaram para cima a taxa prevista para 2016 pela segunda semana seguida, passando de R$ 4,21 para R$ 4,25. Para 2017, a cotação da moeda americana passou de R$ 4,20 para R$ 4,23.

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