Drogas e saúde pública

O Café Controverso, deste sábado, trará o tema “Política de Drogas e Saúde Pública”. O evento acontece às 11h, na cafeteria do Espaço do Conhecimento UFMG e a entrada é gratuita. Para falar sobre o assunto estarão presentes Leandro Cruz, médico, cirurgião de câncer e mastologista do Hospital das Clínicas da UFMG e atual presidente da AMA-ME (Associação Brasileira de Pacientes de Cannabis Medicinal), e Marcelo Caliari, professor do Departamento de Patologia Geral do ICB (Instituto de Ciências Biológicas) e coordenador do Projeto de Prevenção às drogas (Museu de Ciências Morfológicas da UFMG). A regulamentação do consumo de drogas voltou a ser um assunto bastante discutido no Brasil em 2015. Por ser uma decisão que abrange diversos setores da sociedade, o tema ainda divide as opiniões de profissionais, como médicos e juristas, usuários e representantes de organizações relacionadas à causa. Para aqueles que são favoráveis à decisão, o uso dessas substâncias para tratamentos medicinais se apresenta como uma das grandes justificativas para a regulamentação. Por outro lado, para os que são contra, a descriminalização do consumo facilitaria o acesso às drogas, gerando mais danos à saúde dos usuários. O médico Leandro Cruz (foto) aprofundou seu interesse pelo tema quando seu filho, portador da Síndrome de Dravet, teve suas crises de epilepsia controladas com o uso do canabidiol, composto derivado da maconha. Hoje, como atual presidente da AMA-ME (Associação Brasileira de Pacientes de Cannabis Medicinal), o médico luta para facilitar o acesso a substâncias derivadas da maconha a pacientes que também sofrem com determinadas doenças. Para Leandro, a regulamentação das drogas beneficiaria outros setores da sociedade. “O uso de substâncias presentes em algumas drogas faria com que a medicina ganhasse mais ferramentas”, afirma o médico.