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Agora é oficial: salário de servidores será escalonado

Paulo César de Oliveira
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Depois dos policiais, o governo, através dos secretário José Afonso Bicalho, da Fazenda, e Helvécio Magalhães (, do Planejamento, anunciou para o restante das entidades que representam os servidores públicos do Estado, que a partir de fevereiro aqueles que recebem até três mil reais irão receber os valores integralmente no quinto dia útil do mês. Para os que ganham até seis mil, recebem três mil no quinto dia útil e o restante no dia 12 de fevereiro. Os servidores que ganham acima de seis mil receberão em três parcelas, a primeira, no valor de três mil no dia 5, outros três mil no dia 12 e o restante no dia 16 de fevereiro. A regra vale para os meses de março e abril. Depois disso, o governo ainda não tem um cronograma de pagamento. A escala vale para os servidores da ativa, aposentados e pensionistas. Pelas informações da equipe econômica do governo aos sindicalistas, 75% dos 477 mil servidores do estado recebem até três mil reais. Apesar da insatisfação do funcionalismo, o escalonamento, como definido pelo governo, praticamente anulada a possibilidade de uma greve geral. O Sind-Saúde reuniu-se ontem mesmo e já descartou paralisação com o argumento de que praticamente 80% dos servidores da área recebem menos de R$ 3 mil e, pelas regras, vão receber no quinto dia útil. Algumas categorias isoladas, como os delegados e os fiscais da receita estadual admitem paralisar as atividades, decisão que devem tomar já na semana que vem.

 

Helvécio Magalhães fala em queda na arrecadação

Na reunião com representantes dos servidores públicos, o Secretário de Estado de Planejamento e Gestão, Helvécio Magalhães, falou sobre as dificuldades enfrentadas pelo Estado, que teve uma forte diminuição na arrecadação em praticamente todas as áreas como no comércio, siderurgia e mineração. Helvécio Magalhães também argumentou que a falta de crescimento econômico afeta diretamente a gestão financeira de Minas Gerais, além de ressaltar que 13% da arrecadação do Estado é repassada mensalmente para o pagamento da sua dívida com a União e reclamou das despesas criadas pelo governo federal para os estados sem saber se os estados têm recursos para levar os programas adiante.

 

Oposição aproveita para criticar governo

Momentos após o governo anunciar o parcelamento dos salários, já a partir do próximo mês, a oposição reagiu e considerando a medida como “mais uma demonstração de irresponsabilidade e de falta de compromisso com o funcionalismo estadual”. Para os deputados do bloco que faz oposição ao governo, “o fim da escala de pagamentos viabilizado pela gestão tucana foi considerado uma conquista histórica pelos servidores estaduais, que agora, 12 anos depois, é destruída pelo partido que se diz “dos trabalhadores”. Para o deputado Gustavo Correa, “o governo do PT não planeja suas contas e não permite que os servidores também o façam, o que é um absurdo,uma irresponsabilidade no trato com os trabalhadores”.

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