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Inflação entra 2016 acelerando

Paulo César de Oliveira
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O Índice de Preços ao Consumidor – Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, ganhou força no início de 2016, chegando a 1,27% em janeiro, depois de avançar 0,96% em dezembro do ano passado. Essa é a maior taxa mensal para janeiro desde 2003, quando atingiu 2,25%. Os números foram divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 12 meses, o indicador acumula alta de 10,71%, permanecendo acima do teto de 6,5% do sistema de metas do Banco Central e bem distante do objetivo central de 4,5%. De acordo com o IBGE, esse é o resultado mais elevado desde novembro de 2003, quando o aumento acumulado foi de 11,02%. A expectativa dos economistas para o IPCA fechado deste ano é de 7,26%, de acordo com o boletim Focus, do Banco Central, mais recente.

 

Bebida, alimentação e transportes empurram inflação

No primeiro mês do ano, o que mais pesou no bolso do brasileiro foram os gastos com alimentação e bebidas, que ficaram 2,28% mais caros, e transportes, que subiram 1,77%. Segundo o IBGE, esse aumento nos preços dos alimentos foi o maior desde dezembro de 2002, quando chegou a 3,91%. Os produtos consumidos dentro de casa subiram 2,89%, mais do que a alimentação fora de casa, que avançaram 1,12%. Neste mês, ficaram mais caros, por exemplo, cenoura (32,64%), tomate (27,27%), cebola (22,05%) e batata-inglesa (14,78%).No grupo transportes, o que mais contribuiu para a alta foi o reajuste de 3,84% do transporte público e do avanço de 2,11% no preço dos combustíveis. As tarifas dos ônibus urbanos, por exemplo, tiveram aumento de 5,61% e dos intermunicipais, de 6,14%. A queda de 6,31% no preço das passagens aéreas freou o aumento dos preços dos transportes, que poderia ter sido ainda maior. Os gastos relativos à habitação também pesaram mais. De 0,49%, a variação passou para 0,81%, puxado pelo reajuste da energia elétrica, que subiu 1,61%, “por influência de aumentos ocorridos nos impostos”. O IPCA mais alto partiu da região metropolitana do Rio de Janeiro (1,82%), pressionado pela alta nas tarifas dos ônibus urbanos (10,59%), ônibus intermunicipais (8,62%) e táxi (8,76%). Já o menor índice foi o da região metropolitana de Curitiba (0,73%).

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