Já é hora de começar a governar

Todos os pressupostos já foram atendidos o que nos dá o direito de exigir que o 2016 se inicie. Já estamos na segunda metade de fevereiro e ainda respiramos ares, poluídos infelizmente, de 2015. Precisamos, por questão de sobrevivência, iniciar logo as reformas, resolver as questões políticas que estão travando as soluções de nossos graves problemas. Precisamos, enfim, de que cada um cuide de suas tarefas. Se Executivo, Legislativo e Judiciário se concentrarem em suas atribuições, teremos um governo. Governar é atribuição de todos os Poderes. Lamentavelmente, estamos sem governo. Nenhum dos três Poderes, reconheçamos, está cumprindo seu dever. E, lamentavelmente, não se vê no horizonte perspectiva de mudança neste quadro, que se agrava na medida em que até nós mesmos, cidadãos, deixamos de cumprir com a nossa parte no processo, que é a de exigir trabalho e seriedade. Nos omitimos, nos escondemos nas redes sociais, a falar mal de todo mundo., como se isso fosse mudar alguma coisa. Como se assustasse alguém. Não se trata de pregar a violência, mas de propor mais vigor nas cobranças de mudanças de atitude de nossos governantes, de todos os Poderes. A cada dia surgem números de novas pesquisas, de diferentes fontes, nacionais ou internacionais, mostrando que estamos derretendo em todos os aspectos. E ninguém cobra atitude, providências. Até os empresários, atingidos diretamente pelos atos e pelos “não atos” dos governos, se mantém calados, com uma ou outra manifestação tímida, pedindo providências ou, nos casos mais ousados, que a sociedade se esqueça do governo e faça aquilo que precisa ser feito, numa atitude de desobediência civil. Chegaremos a este extremo? Pouco provável. O enfrentamento não é de nossa tradição. Preferimos combater os desatinos governamentais com lamentações. Às vezes elas resultam em novos subsídios ou programas sociais.