Os empresários da construção pesada não se surpreenderam com os cortes de dois bilhões de reais promovidos no orçamento do Estado. Emir Cadar Filho (foto), presidente do Sicepot, vem conversando regularmente com o governador mineiro sobre as dificuldades enfrentadas em Minas Gerais. Segundo ele serão mantidos os serviços de manutenção das estradas, das obras mais importantes e consideradas essenciais, como a construção e reforma de escolas e postos de saúde. “O setor não parou, mas está fazendo o mínimo necessário”.
Governo federal devia fazer o dever de casa
A decepção ficou por conta do governo federal que, para Emir Cadar Filho, só pensa em aumentar os impostos. A única saída encontrada pela presidente Dilma para enfrentar a crise é cortando nos investimentos e subindo impostos, segundo o empresário. “Medidas que certamente não são as acertadas, já que a saída para sair dessa crise está justamente nos investimentos em infraestrutura, para fazer a cadeia produtiva andar”. Cadar também reclama do tamanho da máquina administrativa federal e da dificuldade do governo em diminuir o número de ministério e servidores. Para ele, só a população e a classe produtiva são penalizados na hora do aperto.
