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Destruição de provas ou vazamento seletivo

Paulo César de Oliveira
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O desaparecimento de arquivos, documentos e computadores antes da chegada da Polícia Federal em locais de diligências, faz com que a polícia federal desconfie de que os vazamentos da última fase da operação Alethea, que teve seu foco no ex-presidente Lula e a fase Acarajé, que investiga o marqueteiro João Santana, tenham a mesma origem. Para a polícia, não há dúvidas de que os investigados foram informados com antecedência da operação que se desenvolvia de forma sigilosa. Isso permitiu que houvesse tempo para ocultação e destruição de provas. O que Lula e João Santana (foto) estão escondendo?

 

DEM quer explicações de Dilma

O Democratas (DEM) apresenta, nesta segunda-feira, um requerimento com pedido de informações à Presidência da República e à Casa Civil Objetivo é saber quem pagou pela viagem da presidente Dilma a São Bernardo do Campo (SP), no sábado passado, quando ela se reuniu durante uma hora com o ex-presidente Lula da Silva. “Queremos saber por que ela usou o avião e o helicóptero da Presidência para visitar o Lula”, disse o líder do partido da Câmara, Pauderney Avelino, do Amazonas. “Isso não é um ato da Presidência, é um ato político.” Para o líder do DEM, a presidente poderia fazer a visita, mas não bancada por dinheiro público. “O País, na situação em que se encontra, quebrado, e ela fazendo essas transgressões”. O deputado garantiu que os parlamentares de oposição estão mobilizados para estarem hoje, em número suficiente para abertura da sessão no plenário da Câmara, às 14 horas. São necessários 51 deputados. O objetivo é fazer discursos centrando fogo contra o governo. “E, a partir de amanhã, obstrução total.” Os partidos contrários ao governo não querem votar nada até que a comissão especial que vai analisar o impeachment de Dilma seja instalada.

 

Advogados deixam a defesa técnica e vão para o campo político

Os advogados do ex-presidente Lula da Silva, Roberto Teixeira e Cristiano Zanin Martins divulgaram nota ontem, repudiando as declarações dos procuradores da República integrantes da força-tarefa Lava Jato, feitas no sábado. Para os advogados do ex-presidente, as declarações dos procuradores são uma “desesperada tentativa de legitimar a arbitrária condução coercitiva do ex-presidente na sexta-feira”. De acordo com a nota, publicada no site do Instituto Lula, a condução coercitiva é uma medida que cerceia a liberdade de ir e vir e jamais poderia ter sido requerida ou autorizada nos termos em que se deu. “O fato de a Operação Lava Jato já ter emitido 117 mandados de condução coercitiva não tem o condão de legitimar a ilegalidade agora praticada contra o ex-presidente Lula, mas, ao contrário, serve de alerta para tantas outras arbitrariedades que poderão já ter sido praticadas nessa operação”, defendem os advogados. Segundo eles, a tentativa de vincular Lula a esquema de formação de cartel e corrupção da Petrobrás “apenas atende anseio pessoal das autoridades envolvidas na operação”, além de configurar infração de dever funcional. “O MPF aposta na força das palavras em detrimento dos fatos. Lula jamais participou ou foi beneficiado, direta ou indiretamente, de qualquer ato ilegal”, diz a nota.

 

Sem confrontos

Ainda de acordo com os advogados, a defesa de Lula não deu procuração ao MPF e o citado habeas corpus foi impetrado com o argumento principal de que a condução coercitiva do ex-presidente e de sua esposa, Marisa Letícia Lula da Silva, cogitada pelo Promotor de Justiça Cássio Roberto Conserino, do Ministério Público do Estado de São Paulo, não poderia ser admitida pois afrontaria a ordem jurídica.”Lula já prestou três depoimentos, dois à Polícia Federal e um ao Ministério Público Federal. Em nenhum destes houve qualquer confronto ou risco à ordem pública, porque marcados e realizados de forma adequada pelas autoridades envolvidas”, diz a nota.

 

Incêndio na Usina de Pasadena, no Texas, esquentou os debates nas redes sociais

O incêndio de grandes proporções que atingiu a refinaria Pasadena, no Texas, que pertence à Petrobras, gerou um intenso debate nas mídias sociais ontem. A compra da refinaria, em 2006, foi cercada de polêmica e é um dos alvos de investigação da operação Lava Jato, que apura um bilionário esquema de corrupção que envolve a estatal, empreiteiras e políticos. A Controladoria-Geral da União (CGU) apontou perdas de 659,4 milhões de dólares da Petrobras na compra. Ao final do processo de aquisição, a estatal pagou 1,25 bilhão de dólares por Pasadena e ainda teve de fazer investimentos de 685 milhões de dólares em melhorias operacionais e manutenção.

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