A ministra Cármen Lúcia (foto), que assume a presidência do Supremo Tribunal Federal em setembro, disse ontem, em Belo Horizonte, que o STF “só teve uma mulher na presidência. A mulher precisa trabalhar em dobro para chegar ao mesmo lugar do homem. Esse é um fato. Temos que lidar com isso e superá-lo. Não me preocupo com igualdade formal. Quero acabar com o preconceito”. Famosa por seus votos na Suprema Corte, Cármen Lúcia preocupa o governo federal, que teme que ela assuma uma postura parecida com a do ex-ministro Joaquim Barbosa. A ministra, que fez sua carreira jurídica em Minas Gerais, inclusive como procuradora-geral do estado de Minas Gerais no governo Itamar Franco, fez uma palestra, ontem, na OAB/MG, em comemoração ao Dia Internacional da Mulher.