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Inflação é maior para quem tem menor renda

Paulo César de Oliveira
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A inflação pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a variação de preços para as famílias de menor renda (entre 1 a 5 salários mínimos) subiu 0,95% em fevereiro, ficando 0,5 ponto percentual acima do IPCA do mês (0,90%), que analisa a variação de preços para as famílias com rendimento de até 40 salários mínimos. Os dados foram divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Segundo o IBGE, a taxa de 0,95% relativa ao INPC de fevereiro foi 0,56 ponto percentual inferior ao INPC de janeiro: 1,51%. Com o resultado, o INPC acumula alta de 2,47% nos dois primeiros meses do ano, resultado superior aos 2,18% do IPCA acumulado no bimestre – 0,29 ponto percentual maior. Nos últimos doze meses, o índice ficou em 11,08%, abaixo dos 11,31% dos doze meses anteriores. Em fevereiro de 2015, o INPC foi 1,16%. Os produtos alimentícios tiveram alta de 1,19% em fevereiro, enquanto em janeiro subiram 2,41%. O agrupamento dos não alimentícios teve variação de 0,84% em fevereiro, abaixo da taxa de 1,11% de janeiro. O maior índice regional foi de Recife (1,61%), destacando-se a alta de 9,24 % nas tarifas dos ônibus urbanos. As menores taxas ficaram com Vitória (0,4%) e Campo Grande (0,44%), onde os preços dos alimentos subiram 0,44% em ambas as cidades, bem abaixo da média nacional (1,19%). Para o INPC, o IBGE adota a mesma metodologia de cálculo do IPCA. A diferença entre os dois índices envolve os rendimentos das famílias, mas a abrangência é idêntica: as mesmas dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande e de Brasília.

 

Em fevereiro a inflação desacelerou

A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou fevereiro com alta de 0,9%, resultado 0,37 ponto percentual abaixo da taxa de janeiro, que atingiu 1,27%. Os dados da inflação oficial do país foram divulgados ontem pelo IBGE. Com o resultado, o IPCA passou a acumular alta de 2,18% nos dois primeiros meses do ano, resultado que chega a ser 0,3 ponto percentual inferior aos 2,48% acumulados em igual período de 2015. Já a alta acumulada nos últimos doze meses ficou em 10,36%, também abaixo dos 10,71% dos doze meses imediatamente anteriores: -0,35 ponto percentual. Em fevereiro de 2015, o IPCA foi de 1,22%. Considerando os nove grupos de produtos e serviços pesquisados, a mais elevada variação ficou com o item Educação, que atingiu 5,9%, refletindo os reajustes praticados no início do ano letivo, especialmente nos valores das mensalidades dos cursos regulares, que subiram 7,43%, contribuindo com 0,21 ponto percentual para o IPCA do mês.Os grupos Educação (5,9% e 0,27 ponto percentual de contribuição) e Alimentação e Bebidas (1,06% e contribuição também de 0,27 pontos), foram responsáveis por 60% do IPCA do mês – o equivalente a 0,54 ponto percentual.

 

Índices regionais

Quando analisado de forma regional, os dados do IPCA indicam que Salvador apresentou a maior inflação em fevereiro, com alta de 1,41%, ressaltando a elevação de 2,55% nos preços dos alimentos. Já a menor taxa foi na região metropolitana de Vitória (0,28%), onde os alimentos ficaram em 0,36%, bem abaixo da média nacional (1,06%). Recife fechou fevereiro com o segundo maior IPCA de fevereiro (1,29%) e Belém, com 1,11%. Em Belo Horizonte, a variação foi de 0,99% e em Porto Alegre (0,97%) – todos com IPCA abaixo de 0,9 da média nacional. Em São Paulo, a taxa variou 0,82%, no Rio de Janeiro, 0,68%, e, em Brasília, 0,69%.

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