*A Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República divulgou na noite de ontem nota em que afirma que “a liberdade de manifestação é própria das democracias” e deve ser respeitada por todos. “O caráter pacífico das manifestações ocorridas neste domingo demonstra a maturidade de um país que sabe conviver com opiniões divergentes e sabe garantir o respeito às suas leis e às instituições”, diz a nota da Secom. O texto, que não faz qualquer avaliação das manifestações, foi divulgado após reunião da presidente Dilma Rousseff com os ministros da Casa Civil, Jaques Wagner, da Secretaria de Governo, Ricardo Berzoini, da Advocacia-Geral da União, José Eduardo Cardozo, e da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva (foto), no Palácio da Alvorada, para avaliar as manifestações contra o governo ocorridas nesse domingo.
*Esta será uma semana de emoções na política brasileira. Na quarta-feira, o Plenário do Supremo Tribunal Federal julga os recursos contra a decisão do próprio STF, que definiram o rito de tramitação do processo de impeachment da presidente Dilma, na Câmara dos Deputados. No dia seguinte, qualquer que seja o resultado do julgamento, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, pretende retomar o andamento do pedido. Para ele, retomado o andamento, em 45 dias a Câmara tem condições de encerrar o processo, remetendo-o ao Senado. Já na sexta-feira, fecha-se a janela das transferências partidárias sem que haja risco de punições aos que mudarem de partido. A expectativa é quanto a influência do grito das ruas, ontem, terá sobre a decisão do político de trocar de partido.
*O ex-presidente Lula deixou ontem seu apartamento, em São Bernardo do Campo, por alguns minutos, para agradecer a um pequeno grupo de militantes, estimado em 300 pessoas, que fizeram manifestação para apoiá-lo. Ontem também houve manifestação, esta contrária ao presidente, defronte do tríplex, no Guarujá, imóvel que os investigadores da Operação Lava Jato asseguram ser de Lula, apesar dos desmentidos de sua defesa. As estimativas indicavam a participação de três mil pessoas no protesto.
