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Que briguem as ideias, não os homens

Paulo César de Oliveira
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Hoje é dia de movimentação nacional dos que apoiam a presidente Dilma e o ex presidente Lula. Vão para a rua os militantes petistas e os movimentos sociais dominados pela estrutura do partido para repetir a ladainha de que “não haverá golpe”. Este bordão tem sido a única defesa da presidente. A defesa própria, sustentada no ataque aos grupos “pró impeachment”, apontados como representantes de uma elite que deseja dar o golpe para perseguir os mais pobres, dando fim a programas sociais e benefícios trabalhistas, tem acirrado ânimos, elevando a temperatura política a um nível perigoso. A decisão de uma pediatra no Rio Grande do Sul, de não atender a uma criança cujos pais são petistas, expõe a dramaticidade do processo de radicalização política. É hora de colocar um freio nesta radicalização. Ela interessa muito mais aos que desejam permanecer no poder, mas conseguiu contaminar os contrários. O ódio político é um perigoso combustível para conflitos de rua. E nada resolve, só agrava a crise política. É preciso cabeça fria, neste momento. Qualquer que seja o resultado deste processo de impeachment, alguém terá que governar o Brasil depois. Que os manifestantes de hoje se lembrem disto. Que os contrários também se lembrem de que na política, brigam as ideias, não os homens.

 

Em Minas, PT tenta manter a militância mobilizada contra o impeachment

O PT está organizando uma série de atividades para manter a militância e os simpatizantes do partido mobilizados contra o impeachment da presidente Dilma. Dentro da programação está um show, o Canto pela Democracia, às 19h de hoje, na Praça da Estação, como parte dos protestos contra o impeachment da presidente Dilma. Também está previsto um painel sobre a situação política, com participação de deputados federais, no auditório do ICBEU, na rua da Bahia, às 18h30. Várias cidades no interior do estado, onde o partido tem diretório, também devem promover manifestações. O 31 de março foi escolhido pelos petistas para as manifestações porque marca o aniversário do golpe militar de 1964. Como consideram a operação Lava Jato e o pedido de impeachment como um golpe contra o governo, escolheram a data do golpe para dizer que agora não vai ter golpe.

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