Agora querem o impeachment do vice

O ex-governador do Ceará e ex-ministro da Educação Cid Gomes (PDT) protocolou nessa sexta-feira na Câmara dos Deputados um pedido de impeachment do vice-presidente da República, Michel Temer (foto). No documento, Cid solicita que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), não analise o pedido de afastamento. Para Cid Gomes, como Cunha foi denunciado por fatos relacionados à Operação Lava Jato, quem deve decidir é o vice-presidente da Casa, Waldir Maranhão (PMDB-MA). Enquanto Gomes apresentava seu pedido à Câmara, o advogado Mariel Márley Marra, de Minas Gerais, entrou com ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para pedir que a corte obrigue a Câmara dos Deputados a analisar pedido de impeachment também do vice-presidente da República, Michel Temer. Inicialmente, Marra apresentou o pedido à Câmara, mas o presidente, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), arquivou no dia 5 de janeiro por entender que não havia indício de crime de responsabilidade do vice-presidente. Marra pediu ainda ao Supremo uma liminar a fim de suspender o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff em tramitação na Câmara – que aponta crime de responsabilidade – até que o Supremo decida sobre o teor do pedido dele para inclusão de Temer no caso. No início da noite de ontem a Assessoria de Imprensa do Supremo publicou, por engano, uma minuta de decisão do ministro Marco Aurélio Mello determinando ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha, a abertura do processo de impeachment de Temer. O ministro desmentiu o documento da assessoria e afirmou que só na segunda-feira irá decidir o assunto. Já a assessoria de Temer, em nota divulgada ontem à noite, afirma que o pedido de abertura de processo para seu impeachment, apresentado por Cid Gomes, está baseada em notícias velhas, já esclarecidas pelo vice presidente.