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Jucá é o novo presidente do PMDB

Paulo César de Oliveira
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O senador Romero Jucá (foto), do PMDB de Roraima, fez ontem pronunciamento no plenário do Senado para se apresentar como novo presidente nacional do PMDB. Ele explicou que Michel Temer precisou se afastar da presidência do partido para se preservar, como vice-presidente da República, dos ataques que vem sofrendo relacionados ao processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff. “Assumo o PMDB por uma conjuntura. O nosso presidente, o vice-presidente Michel Temer, nos últimos dias foi vítima de uma série de ataques, de uma série de manipulações, sofismas, armações e agressões, e ficava em uma situação difícil porque, ao mesmo tempo em que é vice-presidente da República, com todo o poder institucional que tem, é também presidente do PMDB, e, em tese, teria que descer ao debate, teria que expor posições, e, mais do que isso, teria que fazer enfrentamentos”, disse.

 

Divergências internas são desde 2014

Jucá rebateu as críticas que o PMDB tem recebido de parlamentares que apoiam o governo e disse que o partido não está participando de um golpe para tomar a Presidência da República. O senador lembrou que desde 2014 já haviam divergências internas no partido, inclusive por parte dele próprio, sobre a permanência na chapa presidencial, mas naquele momento a manutenção do acordo com o PT foi a proposta vencedora. Agora, segundo Jucá, esse quadro se tornou insustentável. “A sociedade que estava nas ruas esperava uma posição do maior partido do Brasil. Não é precipitado tomar uma decisão a favor do povo. Ao contrário, é uma posição acertada, consentânea com a realidade e com o momento de falta de representatividade em que vivem os partidos e os políticos hoje em nosso país”, disse.

 

Impeachment ou não impeachment

O novo presidente nacional do PMDB ressaltou que a reunião que decidiu pela saída da base do governo não tratou de como o partido vai se posicionar em relação ao impeachment. De acordo com ele, isso será tratado no momento adequado. No entanto, Jucá se antecipou em considerar que saídas como a proposta de convocação de eleições gerais são inconstitucionais e disse que o governo também não terá governabilidade se alcançar 180 votos para barrar o impeachment. “Só se terá solução nessa votação se tiver 342 votos pelo impeachment ou se tiver 342 votos pelo não impeachment. Fora disso, é uma derrota para o país. Porque alguém pensar que, ao fazer qualquer estratégia para conseguir 180 votos, talvez 100 a favor e 80 escondidos – que não venham votar – e com isso se resolve no outro dia o problema do país, me desculpe, o problema estará agravado”, disse.

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