Levantamento da Federação das Empresas de Transporte de Carga de MG indica que o setor teve um corte de 25,3 mil postos de trabalho, no primeiro bimestre de 2016, devido a crise política e econômica brasileira, agravada pela precariedade das estradas. A estimativa é de que desde o início do ano o número de demissões tenha aumentado 35% em média. De acordo com dados do setor, de 12 a 15 mil caminhões estão parados em Minas Gerais. Para o presidente da entidade, Vander Costa (foto), os boatos de que haverá cortes no orçamento e a suspensão de contratos de supervisão de obras pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), incluindo a BR-381, acenderam ainda mais o alerta para o setor.
Obras paradas encarecem custo do transporte
Dados da Confederação Nacional do Transporte indica que apenas 11% das estradas brasileiras são pavimentadas, fator que reduz a eficiência do transporte, compromete a segurança dos usuários e encarece em até 40% o custo do transporte. O reflexo dessa situação, segundo Vander Costa, é o aumento do custo do setor. “Com as obras paradas, com bloqueios na pista, mas sem avanço nas obras, nos restou mais tempo de viagem, mais consumo de combustível, mais consumo de pneus e de componentes de suspensão”.