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Cerveró envolve Dilma e filho de FHC no esquema Petrobras

Paulo César de Oliveira
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O ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), retirou o sigilo dos depoimentos de acordos de delação premiada do ex-diretor da Área Internacional da Petrobras, Nestor Cerveró (foto). Nos depoimentos, Cerveró citou a presidente afastada Dilma Rousseff, um filho do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, além de outros políticos que já são investigados na Operação Lava Jato. Em troca das informações prestadas, Cerveró poderá deixar a prisão no dia 24 de junho, mas terá que devolver aos cofres públicos cerca de R$ 17 milhões, como forma de ressarcimento pelos desvios. Ele citou em um de seus depoimentos de delação premiada supostas irregularidades ocorridas durante o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardozo. Cerveró contou em depoimento que fechou a contratação de uma empresa ligada ao filho do ex-presidente, Paulo Henrique Cardoso, para o desenvolvimento de um projeto da TermoRio, termoelétrica operada pela Petrobras, por orientação do então presidente da estatal Phillipe Reichstul.

 

Desmentindo a presidente Dilma

Em outro de seus depoimentos, Cerveró também afirmou que integrantes do Conselho de Administração da Petrobras que ocupavam o cargo durante a compra da refinaria Pasadena, nos Estados Unidos, tinham conhecimento das cláusulas do contrato de compra, entre eles Dilma Rousseff, então ministra de Minas e Energia e presidente do conselho por ocasião da aquisição da refinaria. “Não havia dúvida nenhuma quanto à aquisição da Refinaria de Pasadena. Os membros do Conselho de Administração tinham consciência das cláusulas put option e malin; Não corresponde à realidade a afirmativa de Dilma Rousseff de que somente aprovou a aquisição porque não sabia dessas cláusulas”, disse o delator. No mês passado, o ministro Teori Zavascki decidiu arquivar outras citações contra a presidente Dilma Rousseff sobre a refinaria de Pasadena, feitas pelo senador cassado Delcídio do Amaral. O ministro atendeu pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot. De acordo com o procurador, não é possível investigar durante o mandato de Dilma fatos que não estão relacionados com o exercício da função.

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