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Temer disse que em determinado momento, tomará medidas impopulares

Paulo César de Oliveira
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O presidente interino Michel Temer (foto) disse, ontem, que, em determinado momento, o governo irá tomar medidas impopulares. Mas isso não será um problema, segundo ele, porque não tem pretensão eleitoral e vai se contentar em colocar o país nos trilhos. “Se eu ficar os dois anos e meio e conseguir colocar o Brasil nos trilhos, para mim é o quanto basta. Eu não quero mais nada da vida pública”. A declaração durante o Global Agrobusiness Fórum, em São Paulo, agradou os empresários do setor, que acabaram assinando um manifesto de apoio a Temer. Durante o evento, Temer falou sobre a polêmica em torno do reajuste dos servidores federais. “O aumento do funcionalismo já estava negociado e é abaixo da inflação. Se não déssemos ajuste já negociado, movimentos políticos cobrariam. Seria desastroso”. Ele garantiu que o governo está em contenção forte de gastos. E mais uma vez garantiu a manutenção dos programas sociais “Enquanto houver pobreza, precisamos do Bolsa Família e do Minha Casa Minha Vida. O primeiro dos direitos sociais é o emprego”.

 

Dívida dos estados

A suspensão do pagamento das parcelas mensais de dívidas estaduais com a União até o fim de 2016 não significa que a União “abriu mão dos recursos”, mas apenas adiou o recebimento, segundo o presidente interino Michel Temer. O governo federal concordou em alongar as dívidas estaduais com a União por mais 20 anos. Assim, o governo deixará de receber até 2018 cerca de R$ 50 bilhões. “Nós resolvemos uma pendência que já estava rodando há mais de três anos, que era a questão da renegociação de dívidas dos estados. Os senhores sabem que os estados estão em grande dificuldade”, disse sobre a reunião feita com os 27 governadores.

 

Pós impeachment

Se Dilma Rousseff for afastada definitivamente do governo pelo Congresso Nacional, Michel Temer disse que pretende viajar por vários países para incentivar investimentos no país. “Logo depois de agosto eu mesmo pretendo viajar para vários países para incentivar o investimento estrangeiro no Brasil em parceria com agronegócio, indústria e comércio. Devo até registrar que muitos investidores estrangeiros ainda estão esperando um mês, um mês e meio para investir no país com muita força. O que precisamos no país é reestabelecer a confiança”.

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