Tão logo o governador Rondon Pacheco assumiu o governo de Minas fui apresentado a ele pelo seu então Oficial de Gabinete Oscar Correa Jr. Já no Governo de Minas, Rondon anunciou que traria a fábrica de automóveis da FIAT, audácia que acompanhei de perto, através do saudoso Waldemar Anversa, que era um dos elos da FIAT com o governo. Na véspera do lançamento do projeto, fui passar o Carnaval no Grande Hotel de Araxá e lá estava o ministro de Indústria e Comércio, Pratini de Morais, que me convidou para a solenidade de assinatura do acordo entre o governo de Minas e a FIAT com a presença do todo poderoso Giovanni Agnelli, que fez todas as reverências a Rondon. E lá estava eu presenciando um momento importante na história de Minas, graças ao convite do governador Rondon Pacheco. Poucos jornalistas tiveram o privilégio de serem convidados. Em 1.977, levado pelo então secretário da Fazenda do governo de Minas, Márcio Garcia Vilela e pelo então secretário de Governo, Afonso Celso de Souza Carmo, e Oscarzinho Correa, o governador Rondon Pacheco foi jantar no meu apartamento da rua Goitacazes. Foi o primeiro governador a jantar na minha casa e, desde então e até hoje com o governador Fernando Pimentel, tivemos o privilégio de receber a todos. Agora, quando Rondon Pacheco nos deixou, temos que reverenciá-lo como um homem público da melhor estirpe.
Espírito desenvolvimentista foi a marca de Rondon Pacheco, segundo políticos mineiros
Políticos mineiros lamentaram, ontem, a morte do ex-governador Rondon Pacheco, aos 96 anos, devido a uma pneumonia. Ele foi governador de Minas Gerais e ministro-chefe da Casa Civil durante o governo do presidente Arthur Costa e Silva. Para o governador Fernando Pimentel, “o ex-governador Rondon Pacheco é parte importante da história do Brasil e de Minas Gerais, com destacado papel na promoção do desenvolvimento econômico. Como governador do Estado, deixo, a seus amigos e familiares, uma palavra de conforto neste momento de dor”.
Desenvolvimento de Minas Gerais
O senador Antonio Anastasia lembrou que Rondon Pacheco foi um dos responsáveis pelo desenvolvimento do estado durante a década de 1970, além ter sido uma “pessoa amabilíssima e extremamente gentil, que sempre se mostrou talentoso em defender os interesses de Minas, bem como os do Triângulo”. O vice-governador Antônio Andrade, políticos e empresários compareceram no sepultamento, em Uberlândia.