Para garantir as frases de efeito e cenas em que os senadores da oposição demonstram resistência em relação ao processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (foto), para o documentário sobre o processo de impeachment, transformaram o julgamento em um espetáculo grotesco. Gritos, agressões, ataques e gestos agressivos têm marcado as sessões. Para a participação da presidente Dilma Rousseff, amanhã, no Plenário do Senado, está sendo articulado um esquema especial dos aliados e da oposição. A população, que assiste a tudo isto só quer uma coisa: que o julgamento acabe logo para o país voltar à normalidade. Nossas excelências parecem não ter entendido que todos os problemas do país começam por ali. E só vão começar a ser enfrentados de fato, quando este processo terminar.
Sessão esvaziada
As duas últimas testemunhas da presidente Dilma Rousseff falaram para um plenário esvaziado, ontem, no Senado. Ainda assim, o ex-ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, foi duramente questionado pela bancada governista. Barbosa repetiu, em seu depoimento, que o entendimento do Tribunal de Contas da União de que as operações eram irregulares foi posterior. Além do ex-ministro, os senadores ouviram ontem o advogado e professor Ricardo Lodi. A expectativa agora é para o depoimento da presidente Dilma Rousseff amanhã. Hoje os senadores tiraram para descanso.
Sem meias palavras
A presidente Dilma Rousseff chegará ao Congresso Nacional escoltada por uma comitiva de 35 pessoas, dentre elas o ex-presidente Lula. Se ela seguir o conselho de seus aliados, fará um discurso forte, sem meias palavras, falando em golpe e que o processo foi aberto porque ela não cedeu às pressões para barrar as investigações da Lava Jato. Dilma está afastada do governo desde o dia 12 de maio, quando foi aceito o pedido do processo de impeachment na Câmara Federal.