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Uma semana de emoções e expectativas

Paulo César de Oliveira
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Será a primeira semana pós impeachment e pré outros fatos muito importantes para o país. Nesta semana vamos abrir a Paralimpíadas, vamos ter Michel Temer no palanque do 7 de setembro enfrentando os manifestantes – Brasília está montando um esquema especialíssimo de segurança- e, principalmente, veremos como suas excelências os ministros do Supremo Tribunal Federal vão começar a líder com a lambança jurídica do fatiamento da votação da punição a Dilma Rousseff. Os dilmistas apostam na anulação da sessão de quarta-feira passada. Os governistas andam morrendo de medo de que isto aconteça e que, decorrido o prazo de 180 dias de afastamento da presidente, sem que haja uma decisão final do processo, ela retorne ao cargo e, principalmente, retome a caneta. É risco. Afinal, antigamente se dizia que da barriga de grávida e da cabeça de juiz ninguém sabe o que vem. Das grávidas hoje se sabe com bastante antecedência. Da cabeça dos nossos magistrados – dos nossos com especial ênfase- pode-se esperar tudo. Como temos um feriado bem no meio da semana, pode ser até que nada aconteça. Em períodos assim, de feriado quebrando a semana, ainda mais próximo de eleições, Brasília fica vazia. A semana tem seus próprios fatos, mas se prepara também para as fortes emoções da próxima. É que para a segunda-feira, dia 12, anuncia-se a sessão de julgamento de Eduardo Cunha que pode perder o mandato que não tem podido exercer por decisão do Supremo. Isto se ele não conseguir uma liminar no STF como tem tentado. A segunda-feira será também o dia da posse da ministra Cármen Lúcia, na presidente do STF e, tem gente apostando, o anúncio da aposentadoria de Lewandowsk que está deixando o cargo. Mas nada será tão explosivo no dia 12 quanto o depoimento do publicitário Marcos Valério (foto) ao juiz Sergio Moro, responsável pelos processos da Lava-Jato em Curitiba. Ele vai falar sobre o empréstimo de R$ 12 milhões feito pelo pecuarista José Carlos Bumlai, amigo de Lula, no banco Schahin. Valério já declarou ao MPF em 2012, que uma parte do empréstimo foi para comprar o silêncio de Ronan Maria Pinto, empresário em Santo André, ameaçava envolver dirigentes do PT com o assassinato do prefeito da cidade, Celso Daniel, em janeiro de 2002. Investigadores da Lava-Jato apostam que todos esses esquemas envolvendo petistas estejam relacionados entre si e sob o comando de Lula, que nega as acusações. É viver a cada semana as emoções de cada semana.

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