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Rodrigo Maia diz a empresários mineiros que a reforma da Previdência é prioridade, mas para depois das eleições

Paulo César de Oliveira
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O governo sofrerá um desgaste desnecessário se insistir em enviar a reforma da Previdência na próxima semana para a Câmara dos Deputados. O assunto, segundo o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), só deve ser analisado em outubro, após as eleições. Ele reconhece que o assunto é urgente, e que o seu papel é justamente o de organizar a pauta da Casa para votar essas matérias de interesse do governo, como a PEC que limita o teto dos gastos da União. Para ele, se essa proposta for aprovada este ano com uma boa margem de votos, vai sinalizar que a reforma da Previdência tem chance de ser aprovada, após um debate com a sociedade. Rodrigo Maia, pondera que nenhum governo assume para fazer maldades e que a sociedade precisa compreender bem o que o governo pretende fazer. “Se nada for feito, o endividamento do Brasil vai a 200% do PIB, o mercado não vai mais financiar a dívida brasileira e quando o mercado não fizer isso, o que é que vai acontecer? Ou o governo vai ficar insolvente ou terá inflação porque será necessária a emissão de moeda”. A fala de Rodrigo Maia foi durante a palestra que fez para empresários mineiros no Cenário Brasil, evento do Conexão Empresarial promovido pela VB Comunicação. (foto: Modesto Araujo, Samuel Flam, Gustavo Cesar Oliveira e Rodrigo Maia)

 

Eduardo Cunha

Rodrigo Maia entende também que o ex-presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) teve muita força durante a sua gestão, teve muita competência e aprovou projetos importantes, por isso é preciso entender a força que ele ainda tem, de alguma forma. Maia acredita, no entanto, que no dia 12 o assunto estará encerrado, com a sua cassação. Alguns deputados estão entendendo que Eduardo Cunha está enviando um recado aos deputados ao marcar uma coletiva para terça-feira, no final da manhã em um hotel em Brasília. Para o deputado federal Júlio Delgado, PSB-MG, essa pode ser mais uma artimanha de Cunha para tentar salvar o seu mandato. Rodrigo Maia também acredita que devem surgir algumas questões de ordem para tumultuar o processo, mas qualquer decisão será referendada pelo plenário.

 

Manifestações

As manifestações e as vaias contra o presidente Michel Temer são legítimas partindo de uma pessoa ou de milhares. O governo tem que ouvir o que as pessoas têm a dizer e quanto melhor o governo ouvir, mais rápido o país sairá da crise, segundo o presidente da Câmara Federal, Rodrigo Maia. “Ouvi as vaias ao presidente Michel Temer no Maracanã e me lembrei do presidente Lula, que recebeu vaias, inclusive, maiores que estas, e um ano depois ele foi fundamental na eleição do prefeito Paes (Eduardo) na capital. Dois anos depois, fez Dilma presidente da República. Então, aquelas vaias foram bem assimiladas pelo presidente Lula e foram bem utilizadas para que ele construísse a sua sucessão em 2010 e acho que o presidente Michel Temer é o homem do diálogo e certamente está ouvindo as críticas”.

 

Presidente da Faemg diz que acabou o período de incertezas

Os efeitos da crise na agricultura podem ser observados com a queda na venda de máquinas, inclusive das coletadeiras. Esse o termômetro que indica a queda no setor, que até agora, vinha se mantendo, com o agravamento da crise política e econômica brasileira. O presidente da Faemg, Roberto Simões, no entanto, tem expectativa de que as coisas passem a funcionar a partir de agora. Ele acredita que o período de incertezas acabou e mesmo que ocorra alguma variação por questões sazonais ou climáticas, o ambiente agora é outro.

 

Deputados precisam fazer um mutirão pelo país

O país precisa voltar a produzir e a gerar empregos e para tanto é necessário priorizar o que está emperrando a economia e as empresas. Não dá mais para arrumar desculpas, segundo o presidente da Fiemg, Olavo Machado Jr. Ele entende que será preciso um mutirão pelo país, com a aprovação de matérias importantes, que ajudem o Brasil a sair do fundo do poço. Mas para isso, será preciso “largar as vaidades”. Para o empresário, não é mais possível deixar as famílias sofrendo porque os congressistas não são capazes de fazer o seu trabalho. Olavo Machado defende uma legislação de emergência com mudanças na lei trabalhista e com uma pauta que ajude o país a voltar a gerar riquezas. Se houver um esforço, o empresário acredita que em seis meses as coisas vão começar a acontecer e o país vai superar a crise. Machado e Simões participaram do evento promovido pela VB Comunicação.

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