Os últimos indicadores industriais divulgados ontem pela Fiemg mostram que a ainda não há sinais claros na retomada da atividade industrial mineira. O faturamento continua caindo e acumula uma queda de 15,1% nos últimos 12 meses. De julho a agosto a queda foi de 4,5%. Os setores mais afetados continuam sendo o extrativo mineral, celulose e papel. Essa queda no setor industrial vem acontecendo desde 2014, quando começou a crise política e econômica do país. Mesmo com a mudança no humor do empresariado, a realidade da crise econômica continua se impondo.
Queda foi em todo o país
A produção industrial brasileira também caiu 3,8% na passagem de julho para agosto deste ano, segundo dados da Pesquisa Industrial Mensal divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A produção ficou menor em 3,8%. Essa foi a primeira queda do indicador, depois de cinco meses de alta neste tipo de comparação. Foi também a queda mais intensa desde janeiro de 2012 (-4,9%). A indústria também apresentou resultados negativos na média móvel trimestral (-0,7%), na comparação com agosto de 2015 (-5,2%), no acumulado do ano (-8,2%) e no acumulado de 12 meses (-9,3%). Na comparação de agosto com o mês anterior, houve quedas em três das quatro grandes categorias econômicas: bens intermediários, isto é, insumos industrializados usados no setor produtivo (-4,3%), bens de consumo duráveis (-9,3%) e bens de consumo semi e não duráveis (-0,9%). Os bens de capital, isto é, as máquinas e equipamentos, tiveram crescimento de 0,4%. Das 24 atividades industriais pesquisadas, apenas duas tiveram crescimento neste tipo de comparação: produtos farmacoquímicos e farmacêuticos (8,3%) e produtos de metal (1%). O setor de couro, artigos de viagem e calçados manteve-se estável. Vinte e uma atividades da indústria acusaram queda. As mais impactantes foram produtos alimentícios (-8%), veículos automotores (-10,4%), indústrias extrativas (-1,8%) e produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-1,9%).