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Governadores esperam que a Câmara vote as facilidades para pagamentos das dívidas

Paulo César de Oliveira
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Hoje é dia de governadores tensos, torcendo para que a Câmara dos Deputados cumpra a promessa de, em plena semana do Natal, votar projeto que assegura condições especialíssimas para pagamento das dívidas dos estados com a União. É bem verdade que passarão aperto para cumprirem as metas de redução de gastos, mas, sem uma ajuda extra, deixarão de pagar seus servidores, a mais básica das obrigações de um governante. Estão nesta situação, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul que já decretaram situação de calamidade financeira. No Rio, os funcionários estaduais receberão os salários de novembro em nove parcelas. Se não houver uma flexibilização na forma de pagamento da dívida, os salários de dezembro ficarão para quando Deus quiser. Esta é uma das consequências da crise na economia, que atingiu mais fortemente os estados produtores de commodities, como Rio de Janeiro e Minas Gerais, o primeiro atingido pela queda no preço do barril de petróleo, e o segundo com a drástica redução no minério de ferro. Para os governadores a salvação é hoje. Ninguém acredita que se conseguirá quorum para votação em outro dia da semana. Fora desta votação, a semana fica por conta dos vazamentos das delações da Lava Jato. Vazamentos, pois se depender do Ministério Público e do Judiciário, estas delações vão continuar secretas por muito tempo, à espera de que sejam homologadas. Como se prevê que irão atingir dezenas de políticos graúdos e outras dezenas- ou seriam centenas- de gente do baixo clero, não existe qualquer interesse em tornar público os nomes agora. Se possível fosse, jamais seriam conhecidos através das artimanhas políticas e jurídicas que vão se tornando conhecidas da população. Para a semana se espera também que o presidente Temer ouse assinar uma Medida Provisória, ou envie um projeto à Câmara dos Deputados, com proposta de mudanças na legislação trabalhistas para permitir a flexibilização do horário de trabalho. É mais uma aposta do governo para abrir postos de trabalho para doze milhões de brasileiros que perderam seus empregos ou que nunca conseguiram entrar no mercado de trabalho pela falta de vagas. Algo assim como um presente de Papai Noel. Para quem acredita nele.

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