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Hoje tem João Santana e Mônica Moura falando sobre a chapa Dilma/Temer

Paulo César de Oliveira
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Para começar a semana uma incômoda, porém inevitável lembrança: na sexta-feira, dia 28, se encerra o prazo para a entrega da declaração do Imposto de Renda de 2016. Como até aqui, pouco mais da metade dos contribuintes já apresentou suas contas ao Leão, será uma semana de muita correria. Até porque, é bom lembrar, na outra segunda-feira é feriado, 1º de Maio. Mas na política também se prevê uma semana de agitação. A começar de hoje, quando o casal João Santana e Mônica Moura (foto) vai depor no processo que apura abuso de poder da chapa Dilma/Temer, nas eleições de 2014. Santana já disse ao juiz Sérgio Mouro que houve forte movimentação de recursos de caixa2 na campanha da petista e do peemedebista, confirmando o que até agora a Justiça conseguiu apurar e reforçando os argumentos dos ministros do TSE que vão favoráveis à cassação da chapa, hipótese que pode levar á realização de uma eleição indireta para a presidência da República. Amanhã é o inicio da discussão, na Comissão Especial da reforma da Previdência que o próprio governo começa a “cozinhar em fogo brando”, para iniciar votações sobre o projeto só quando estiver consolidado o apoio de sua base. Hoje, o governo sabe, embora diga o contrário, que seria derrotado em qualquer tentativa de fazer andar o projeto. Também na pauta da semana a reforma trabalhista e a votação dos destaques do projeto que renegocia as dívidas dos estados. Vários governadores estão pressionando os deputados para apressarem a votação, acuados por enormes dificuldades de caixa que provocam atrasos de pagamento dos servidores e a paralisação dos serviços. A renegociação, mesmo com regras mais duras, é a única saída à vista para alívio imediato das finanças estaduais. Oposicionistas, como sempre, se negam a aprovar as contrapartidas impostas pela União, alegando que elas ferem a autonomia dos estados. Mas é na reforma trabalhista, com sessões de votações previstas para a quarta e quinta-feira, se houver quorum, situação improvável, que se prevê embates mais pesados. Embora mais fácil de ser aprovada do que a reforma da previdência, a trabalhista encontra a resistência dos parlamentares ligados ao sindicalismo. Como as mudanças não afetam servidores públicos, eles têm tido dificuldades de mobilizar trabalhadores da iniciativa privada, mais preocupados em resolver a própria condição de desempregados. Para a sexta-feira, fechando a semana, os sindicalistas tentam uma paralisação nacional contra as reformas. Coisa muito anunciada, mas nunca conseguida.

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