O faturamento real da indústria acumula queda de 6,7% no primeiro trimestre de 2017 na comparação com igual período do ano passado. A informação está na pesquisa Indicadores Industriais, divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). A massa salarial também registrou recuo no período, diminuindo 5,6%, e o emprego no setor apresentou queda de 4,4%. A comparação também mostra redução de 3,3% nas horas trabalhadas e de 1,2% no rendimento médio real em relação ao primeiro trimestre do ano passado. A análise mensal revela queda de todos os indicadores em março deste ano ante o mesmo mês de 2016.
Sinais positivos
No entanto, na comparação com fevereiro, a atividade industrial em março deste ano mostra alguns sinais positivos. O faturamento real mês a mês aumentou 2,4%. Segundo a CNI, foi a terceira alta mensal consecutiva do faturamento em um período de cinco meses. O rendimento médio cresceu 1,2% e a massa salarial aumentou 0,4% no mesmo período. Os outros indicadores caíram na comparação mês a mês, com recuo de 0,7% nas horas trabalhadas na produção e de 0,2% no emprego. Na avaliação da CNI, os dados de março apontam continuidade da dinâmica observada em meses recentes. “Os dados da indústria alternam variações positivas e negativas, sem caracterizar ainda uma tendência de retomada da atividade”, analisou a entidade.
Faturamento da indústria mineira registra queda de fevereiro para março
Houve um recuo de 0,6% no faturamento da indústria mineira, de fevereiro para março. Nos resultados acumulados do primeiro trimestre de 2017 e dos últimos 12 meses, o faturamento registrou quedas de 2,5% e 8,3%, respectivamente. Os dados estão na pesquisa de Indicadores Industriais da Fiemg, divulgados ontem e refletem, segundo o economista Guilherme Veloso Leão (foto), a profunda crise do país. Ele ressalta que “não vamos ver números excelentes de uma hora para outra. Os indicadores têm mostrado recuperação, com quedas cada vez menos intensas”. Por outro lado, o número de empregos formais cresceu, segundo dados do Caged, o que para Veloso, indica que “os empresários têm uma perspectiva de melhora de demanda e de produção. Ninguém contrataria se não tivesse expectativa de melhora”.