Os bancos oficiais estão fazendo uma varredura interna sobre as operações com o grupo J&F (dono da JBS) e já avaliam que será preciso elevar o valor de suas provisões para créditos duvidosos (espécie de reserva para se proteger do risco de calote), diante das incertezas sobre o futuro da companhia. Ao mesmo tempo, o presidente Michel Temer (foto) vem sendo aconselhado por auxiliares diretos e líderes dos partidos da base aliada a fazer um pente-fino nas instituições federais. O objetivo é trazer a público as condições dos empréstimos concedidos à JBS, numa espécie de retaliação aos donos da empresa, que delataram esquema de corrupção envolvendo a classe política. Antes, esses dirigentes gabavam-se do estilo de governança coorporativa que adotavam, dizendo-se imunes à influência política em função dos critérios técnicos que adotavam. Trocando em miúdos: agora o mercado toma conhecimento de que a JBS sempre teve tratamento privilegiado, enquanto era a queridinha da classe política. Então ficamos assim…