A executiva nacional do PSDB tem uma reunião marcada para a tarde de hoje, na sede do partido em Brasília, para discutir a permanência ou a saída da base do governo Michel Temer. A legenda é uma das principais aliadas do governo, mas integrantes do PSDB passaram a defender o desembarque após denúncias da delação premiada da JBS envolverem o nome do presidente. O encontro da cúpula do partido está marcado para o fim da tarde desta segunda. O líder do PSDB na Câmara, Ricardo Tripoli (foto), que compõe a executiva do partido, explicou que o espaço será aberto para que os membros da direção partidária, os governadores e as bancadas no Congresso apresentem seus posicionamentos. De acordo com o deputado, a análise do PSDB levará em conta se há, ou não, um cenário de estabilidade na gestão Temer. Se não houver convergência pela saída ou pela permanência no governo, a decisão poderá ser tomada por votação. “Na Câmara, tem os que querem sair imediatamente e outros querem aguardar. O mais importante é a responsabilidade com a questão econômica”, afirmou, explicando que o partido continuará defendendo as reformas na economia, mesmo se sair do governo.
Sem obrigação de decidir hoje
Tripoli ressaltou que não é obrigatório que uma decisão seja tomada já nesta segunda. A possibilidade de que o Ministério Público apresente uma denúncia contra Temer é considerada um fator que pode guiar a posição do partido. “(A decisão) vai depender do monitoramento disso”, afirmou. De acordo o colunista do G1, Gerson Camarotti, o presidente licenciado do PSDB, Aécio Neves, e o presidente Michel Temer articulam para manter a legenda na base do governo. A interlocutores, Aécio tem defendido que o PSDB permaneça no governo. Atualmente, os tucanos comandam quatro ministérios na Esplanada: Relações Exteriores, Secretaria de Governo, Cidades e Direitos Humanos. Para Temer, a permanência do partido na base seria importante não só pela sustentação política, mas também porque o PSDB é um dos principais apoios do governo na aprovação das reformas enviadas pelo Planalto para o Congresso. Com informações do G1.