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Juros, inflação, PIB. Tudo em queda

Paulo César de Oliveira
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A perspectiva para a taxa de juros em 2018 recuou em meio ao cenário de inflação mais baixa no Brasil, com o mercado também já ajustando suas projeções mais longas depois que o governo fixou metas menores para a alta dos preços em 2019 e 2020. A pesquisa Focus do Banco Central divulgada nessa segunda-feira mostra que os economistas reduziram a estimativa para a Selic em 2018 a 8,25%, contra 8,50% anteriormente. Para este ano, permanece a expectativa de que a taxa básica de juros, atualmente em 10,25%, terminará a 8,5%, com corte de 0,75 ponto percentual na reunião deste mês do Comitê de Política Monetária (Copom). Já o grupo que mais acerta as previsões, o chamado Top-5, reduziu seu cenário para ambos os anos, vendo a Selic a 8,13%, sobre 8,38%, em 2017; e a 8%, frente a 8,25%, em 2018.

 

Inflação vai perdendo força

As projeções de queda dos juros são em meio a um cenário de inflação que perde força a cada semana no Focus. A projeção para a alta do IPCA neste ano agora é de 3,46%, contra 3,48% anteriormente. Com isso, o dado se aproxima da faixa mais baixa de tolerância para a meta, que é de 4,5 por cento com margem de 1,5 ponto percentual. Para 2018, a inflação foi estimada em 4,25%, contra 4,30% no levantamento anterior, enquanto que, para 2019, a expectativa permaneceu em alta de 4,25%. O movimento de redução se repetiu para 2020 e 2021, com redução de 0,25 ponto percentual para cada, a 4%. Na semana passada, o Conselho Monetário Nacional (CMN) fixou para 2019 o centro da meta de inflação a 4,25% pelo IPCA e, para 2020, a 4%, nos dois casos com tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos. A medida é um esforço para mostrar a continuidade de uma política econômica mais austera. As contas para a atividade econômica, por sua vez, mostraram manutenção da estimativa de que o Produto Interno Bruto (PIB) neste ano crescerá 0,39%. Mas, para 2018, houve piora, com a expansão estimada em 2%, contra estimativa anterior de 2,10%.

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