Os deputados federais retornam ao trabalho, na quarta-feira, tendo pela frente a análise da denúncia da Procuradoria-Geral da República contra o presidente da República, Michel Temer (foto), por corrupção passiva. A autorização para que Temer seja julgado pelo Supremo Tribunal Federal será votada pelo Plenário da Câmara e, para ser aceita, precisa do apoio de 342 deputados. Durante a votação, os parlamentares vão se pronunciar sobre o relatório do deputado Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG), que pede a rejeição da denúncia. Portanto, no momento da votação, os deputados favoráveis ao afastamento de Temer devem dizer “não” ao relatório e os contrários à saída de Temer precisam dizer “sim” ao parecer. Para evitar enfrentar o mesmo processo da presidente afastada Dilma Rousseff, Temer tem passado os últimos dias conversando com os deputados para convencê-los a apoiá-lo. Ontem ele teve um dia intenso, buscando mais apoio. Dentro da estratégia de cumprir uma agenda positiva, que mostre ao país que o governo está agindo, Temer fez uma rápida viagem ao Rio de Janeiro para acompanhar o trabalho das tropas federais que enviou á cidade para melhorar a segurança pública. Sobrevoou áreas, conversou, posou para fotos, deu entrevistas e voltou rápido para Brasília. No Alvorada, durante uma hora e meia, conversou com aliados e com ministros, acertando ações conquistar votos até esta quarta-feira. Participaram do encontro os ministros Antonio Imbassahy (Secretaria de Governo), Eliseu Padilha (Casa Civil), Raul Jungmann (Defesa) e alguns parlamentares, como André Moura, Darcisio Perondi e Beto Mansur.