Nesta semana, a Suprema Corte dos EUA decidiu julgar um caso que vai, provavelmente, levar os sindicatos à penúria. Muitos deles irão morrer por inanição financeira. A corte decidirá se os servidores públicos são obrigados ou não a pagar a contribuição sindical. A decisão esperada é a de que os trabalhadores não podem ser forçados a se filiar ou a pagar contribuições ao sindicato, como uma condição de emprego. Filia-se e paga a contribuição quem quiser. A decisão contra a contribuição sindical obrigatória é esperada porque os votos dos nove ministros da Suprema Corte são favas contadas. Os cinco conservadores vão votar contra os sindicatos, e os quatro liberais vão votar a favor. Isso era para ter acontecido no ano passado. Em um caso semelhante, a Suprema Corte iria decidir por 5 votos a 4 contra os sindicatos. Mas, antes da decisão, o ex-ministro conservador Antonin Scalia morreu (em fevereiro de 2016). Assim, a votação terminou 4 a 4. Por nomeação do presidente Trump, o ministro Neil Gorsuch assumiu a cadeira de Scalia neste ano. Considerado mais conservador do que Scalia, ele vai votar contra os sindicatos.
Setor público é o maior abastecedor dos sindicatos
Nos EUA, os sindicatos no setor público são mais fortes do que os do setor privado. Apenas 6% da força de trabalho no setor privado do país é filiada a um sindicato. No setor público, no entanto, dois terços dos funcionários são filiados a sindicatos. Os servidores filiados pagam a contribuição sindical. Os não filiados pagam uma taxa de agenciamento (agency fee), que é muito menor (que não deixa de ser uma contribuição sindical). É contra essa taxa, que tem o propósito de cobrir as despesas dos sindicatos com a representação de todos os servidores, que os não filiados estão se rebelando. Eles não querem pagar coisa alguma.