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PGR quer Batistas na cadeia

Paulo César de Oliveira
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A procuradora-geral da República, Raquel Dodge (foto), enviou uma manifestação ao Supremo Tribunal Federal (STF) em que defende a manutenção da prisão do empresário Wesley Batista, um dos donos da JBS. Wesley Batista e o irmão Joesley Batista estão presos desde setembro por “insider trading”, que é o uso de informações privilegiadas para obter ganhos no mercado financeiro. Segundo a PGR, Wesley usou o acordo de delação premiada como oportunidade de “lucro fácil” e agiu com “patente deslealdade” com o Ministério Público Federal, por isso, o pedido de liberdade deve ser negado. “Ou seja, ao invés de representar espaço de conscientização e arrependimento a respeito dos crimes já praticados, o acordo de colaboração representou, aos olhos do reclamante, oportunidade de lucro fácil, mediante o cometimento de novos crimes”, diz o parecer. A manifestação refere-se a uma ação em que o empresário tenta uma liminar do Supremo para reverter a sua prisão preventiva, decretada pela Justiça de São Paulo. A defesa de Wesley abriu uma reclamação no Supremo argumentando que a Justiça Federal em São Paulo não poderia ter decretado a prisão porque os fatos em apuração têm conexão com a delação homologada pelo ministro Edson Fachin. Segundo Raquel Dodge, a prisão não deve ser revogada porque os crimes cometidos ocorreram depois da assinatura do acordo e, nesse ponto, Wesley não está protegido pela imunidade da delação. O caso será analisado pelo ministro Edson Fachin, relator dos processos da Lava Jato no STF.

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