Blog do PCO

Copom mantém queda de juros, mais lenta, ainda assim agradou

Paulo César de Oliveira
COMPARTILHE

A decisão do Conselho de Política Monetária (Copom) do Banco Central de cortar 0,75 ponto percentual na taxa básica de juros, passando de 8,25% para 7,50 % ao ano, o nono corte consecutivo, foi bem recebido pelo mercado. O presidente da Fiemg, Olavo Machado Jr, entende que desta vez a queda foi em um ritmo menor, mas ainda assim acertada. “Acreditamos que a decisão foi novamente a mais acertada, dado que a inflação anual está abaixo de 3% e que a economia ainda caminha a passos lentos no sentido da recuperação”. Para o empresário, a recuperação ainda é lenta, por ser agravada por indicadores econômicos que apresentam resultados opostos. A produção física, por exemplo, cresceu 2% em Minas e 1,5% no Brasil, no acumulado do ano até agosto. O Índice de Confiança do Empresário Industrial do Brasil e de Minas Gerais atingiu o maior nível nos últimos quatro anos. Por outro lado, variáveis ainda estão em queda.

 

Desemprego continua alto

Olavo Machado Jr. disse que o faturamento da indústria caiu 1,1% em Minas Gerais e 3,5% no Brasil, no mesmo período. Outro dado relevante que confirma o argumento de lenta recuperação, é o saldo de emprego (admissões menos demissões) da indústria. Entre janeiro e setembro de 2016, o dado foi negativo em quase 1 milhão de postos de trabalho. Em 2017, no mesmo período, o saldo foi positivo, mas em apenas 45,6 mil postos. “Dessa forma, vemos que para apenas recuperarmos o nível de atividade de anos atrás, o caminho a percorrer ainda é muito longo. Portanto, nós da indústria esperamos que o Conselho de Política Monetária (COPOM) mantenha o ritmo de redução dos juros nas próximas reuniões”.

COMPARTILHE

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

News do PCO

Preencha seus dados e receba nossa news diariamente pelo seu e-mail.