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Doria, Taques e Paulo Bauer devem compor executiva nacional do PSDB com Alckmin

Paulo César de Oliveira
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Na convenção nacional do PSDB, que acontece hoje em Brasília, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, após ser eleito para ocupar a presidência da legenda, deve indicar o prefeito de São Paulo, João Doria, o governador de Mato Grosso, Pedro Taques, e o senador catarinense Paulo Bauer como vice-presidentes do PSDB. Após o episódio da mala cheia de dinheiro e da gravação em que usou palavras chulas na conversa com o empresário Joesley Batista, o senador mineiro Aécio Neves, virou persona non grata no ninho tucano. Além de ter se afastado da presidência do partido, há uma pressão para que ele não participe da convenção. A expectativa da cúpula do partido é a de mostrar unidade e distância das denúncias de corrupção envolvendo outros partidos. A presença de Aécio acabaria colocando o PSDB no mesmo balaio. Ainda assim, o senador mineiro conseguiu emplacar o nome do deputado federal Marcus Pestana (MG) como secretário-geral da legenda.

 

Desembarque começou antes mesmo da convenção

Já como consequência da convenção, de hoje que escolherá os novos dirigentes do PDSB, o ministro da Secretaria de Governo, Antonio Imbassahy, pediu demissão do cargo nessa sexta-feira. Ele entregou sua carta de exoneração em que afirma ter sido “uma honra” fazer parte do governo de Temer e disse ter “trabalhado com foco para manter a estabilidade política do país”. Imbassahy (foto) é deputado federal do PSDB e havia se licenciado do mandato para ocupar o cargo no governo. Ele não explicou o motivo da saída, apenas citou “novas circunstâncias no horizonte”. “Agora, senhor presidente, novas circunstâncias se impõem no horizonte. Agradeço ao meu partido, o PSDB, que entendeu que, após trabalhar pelo impeachment [da ex-presidente Dilma Rousseff], e por coerência com a sua história, não poderia se omitir nesse processo de recuperação do país”, disse, na carta. O nome do deputado Carlos Marun (PMDB-MS) já circula no Palácio do Planalto como provável substituto na Secretaria de Governo. A escolha, no entanto, ainda não é oficial. Marun tem sido um dos principais articuladores de Temer na Câmara dos Deputados. Imbassahy também cita na carta a reforma da Previdência, afirmando que o governo precisa do apoio do Congresso para avançar no tema. Com sua saída do governo, ele retoma sua vaga na Câmara dos Deputados. As “novas circunstâncias no horizonte”, citadas na carta de demissão, indicam, para muitos políticos, que os “tucanos”, sob nova direção a partir de hoje, devem mesmo desembarcar do governo Temer.

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