Com o cofre do estado vazio, o governador Fernando Pimentel(PT) tem buscado em Brasília a solução para os assuntos emergenciais. Esse foi um dos motivos que o levou a uma conversa com o presidente Michel Temer (PMDB), no Palácio do Planalto. Para desespero da turma do “Temer golpista”, Pimentel diz ter uma relação pessoal muito boa com o presidente, “que é uma pessoa muito elegante”. Apesar de estarem em campos políticos opostos, Pimentel entende que nada impede que eles tenham uma relação cordial e institucional. O encontro foi marcado pelo vice-presidente da Câmara Federal, deputado Fábio Ramalho (PMDB), que chegou a falar da vinda de Temer a Belo Horizonte para a entrega do Hospital do Barreiro em total funcionamento, nesta quinta-feira. Temer, no entanto, permanecerá em Brasília. No encontro, Pimentel pediu a Temer a liberação de recursos para a área de saúde, principalmente no interior do estado. O governador mineiro disse que enfrenta dificuldades para manter o repasse dos recursos para o setor, o que vem causando reclamação dos prefeitos, que chegaram a fazer uma manifestação em frente ao Legislativo mineiro. Temer ouviu, mas não disse nem sim, nem não.
Dinheiro para pagar o 13º
Os esforços do governador Fernando Pimentel (foto), em Brasília, também se concentraram no Senado, onde tramita o projeto que permite aos estados fazerem a securitização de créditos tributários e não tributários. Pimentel acredita que se aprovada na Câmara e no Senado, o estado poderá conseguir um reforço de caixa entre R$ 2 bilhões e $2,5 bilhões. A lei determina que metade do valor deve ser gasto em investimentos. A outra parte pode ser usada para pagamento da Previdência estadual. De qualquer forma, com o alívio no caixa, Pimentel acredita que terá condições de quitar o 13º do funcionalismo.