O presidente interino da Fiemg, Luciano Araújo (foto), gostou da decisão do Copom de baixar em 0,25% a taxa Selic que atinge assim o seu menor patamar na história: 6,75% ao ano. Para ele, os empresários veem que “esse movimento é realmente notável, principalmente quando lembramos que, em outubro de 2016, a SELIC atingiu 14,25% ao ano. Juros menores favorecem o ambiente de negócios no Brasil, que ainda tem uma longa agenda para alcançar os padrões internacionais”. Mesmo com essa decisão, Luciano Araújo alerta a sociedade “sobre os riscos que corremos ao longo de 2018 caso a pauta de reformas fiscais seja paralisada em virtude das eleições. Hoje, a receita governamental está fortemente comprometida com gastos obrigatórios, deixando pouco espaço para investimentos públicos. “Quando olhamos de forma prospectiva, a situação é ainda pior. Sem a reforma da previdência, em alguns anos as contas dos estados e da União entrarão em colapso e as taxas de juros voltarão a crescer, mais uma vez, prejudicando a retomada da atividade econômica e dos empregos. É de extrema gravidade não votar a reforma da previdência agora”.
Corte de impostos nos EUA
Luciano Araújo pondera que os EUA aprovaram recentemente “um agudo corte de impostos para os setores produtivos, o que nos afeta diretamente”. Para ele, a concorrência internacional por atração de investimentos é cada vez mais acirrada, e vamos perdendo essa batalha com um sistema tributário complexo e oneroso como o nosso. “Se não agirmos de forma contundente em prol da nossa capacidade de competição com nossos concorrentes internacionais, seguiremos comprometendo o futuro do país. Mas um corte da taxa Selic é louvável. O Banco Central deu mais um passo positivo para a atividade industrial e para os demais setores nacionais”.