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Pacheco conversa hoje com Anastasia, mas não fala em desistir de sua candidatura. Amanhã se filia ao DEM

Paulo César de Oliveira
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46Os últimos dias têm sido de intensas conversas e negociações para a formação de alianças para a disputa ao governo de Minas, com alterações de todo quadro eleitoral no estado. O responsável por essa reviravolta é o senador Antônio Anastasia(PSDB), que hoje tem uma conversa com deputado federal, Rodrigo Pacheco(foto), que se filia amanhã ao DEM e deve assumir o comando do partido no estado. Pacheco teve a sua candidatura estimulada por Anastasia, que até a semana passada não pretendia entrar no processo eleitoral. Com a sua entrada na disputa, os partidos que compõe o grupo liderado pelo PSDB voltam a se agrupar e o DEM é um deles. A conversa agora é para como compor uma chapa que atenda aos interesses partidários de todos e que garanta o palanque eleitoral para as candidaturas nacionais do DEM e do PSDB. Esse um dos motivos da conversa entre Anastasia e Rodrigo Pacheco. Além disto, está mantida para amanhã a filiação de Pacheco ao DEM, com a presença do presidente da Câmara Rodrigo Maia e o governador de Salvador, ACM Neto. Pacheco mantém, pelo menos por enquanto, o cronograma que estava previsto anteriormente.

 

Com as mudanças no quadro sucessório e a partir da sua filiação ao DEM, que ocorre amanhã, quais são os próximos passos?

Uma vez filiado ao partido, nós vamos buscar organizar uma aliança partidária junto ao Democratas para fazer a consolidação do projeto de candidatura ao governo do estado. Já temos a sinalização muito positiva do Partido Progressista, do Avante, do PEN e vamos buscar outros partidos para essa aliança de oposição ao governo.

 

A candidatura de Anastasia altera a composição de forças em torno do nome do senhor?

Será preciso avaliar. A minha pré-candidatura não é só minha mais. Deputados estaduais, deputados federais e prefeitos municipais que veem em meu nome a renovação e eu preciso fazer essa avaliação política. Nesse momento, posso afirmar que continuo com a minha pré-candidatura colocada. A entrada do senador Antonio Anastasia torna mais competitiva a eleição. O senador Antonio Anastasia é um nome respeitado por toda Minas Gerais e por mim também. Não nego nada do que disse em relação a ele e vou continuar dizendo, inclusive, em um eventual pleito eleitoral. E ele é um excelente nome, absolutamente preparado para ser governador do estado, mas continuo com minha candidatura colocada, porque ela não pertence só a mim, mas a um grupo que acredita no meu nome como sendo capaz de gerir bem o estado de Minas Gerais e eu tenho que honrar essas pessoas que estão comigo hoje.

 

O senhor teve várias conversas com o PSDB, pelo que tem sido dito. O senhor teria restrições à participação do senador Aécio Neves. Estas restrições existem?

Eu primeiro fiz uma opção de definir a minha vida partidária. Cheguei à conclusão de que deveria deixar o meu partido, que era o MDB e buscar a filiação no partido que havia me convidado e conferiu a mim a segurança para o projeto de candidatura ao governo do Estado. A partir de agora, nós, concretamente, vamos conversar com os outros partidos políticos para esta grande aliança. Um desses partidos políticos, naturalmente, é o PSDB, pela importância do partido em Minas Gerais e pelos bons quadros que tem, inclusive do senador Antônio Anastasia, com quem tenho muito boa relação.

 

O senador Aécio Neves seria vetado em uma aliança com o PSDB?

Não. Na verdade, a definição de nomes pelo PSDB em uma composição, caberá ao PSDB fazer. Uma vez concretizada a definição da aliança com o PSDB é que vamos fazer uma avaliação. Não há nem aceitação, nem veto a qualquer nome, neste momento.

 

Esse entendimento está próximo? Como as conversas que o senhor vem mantendo no PSDB estão evoluindo?

Uma vez feita a filiação e da minha realidade partidária, agora é que nós vamos iniciar concretamente essas conversas de alianças para coligação nas eleições. A partir de agora é que há essa definição.

 

Há uma expectativa de que muitos prefeitos do MDB o acompanhem nessa filiação. O senhor vai levar prefeitos e líderes político do MDB para o DEM?

Eu considero que o Democratas terá um grande fortalecimento em Minas Gerais e no Brasil, não necessariamente devido a minha filiação, mas pela compreensão de que é um partido que tem um bom ambiente e uma oportunidade de franco crescimento de propostas positivas para o estado e para o país. O presidente Rodrigo Maia tem feito um trabalho muito importante em nível nacional e nós vamos procurar fazer em nível estadual e, com isso, vamos sim, há anúncios nesse sentido, angariar o apoio de vários prefeitos, vice-prefeitos, vereadores e candidatos à deputado estadual e federal para o Democratas. Haverá sim, a partir de agora, um grande fortalecimento do Democratas em Minas Gerais.

 

Quantos prefeitos devem se filiar ao DEM?

Ocorreram várias abordagens de prefeitos, até espontaneamente, buscando saber da possibilidade de se filiarem ao Democratas. Nós vamos quantificar quantas adesões após a minha filiação na segunda-feira, quando nós vamos iniciar esse diálogo concreto para que os prefeitos se filiem e não serão poucos.

 

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, terá m palanque forte do DEM em Minas para disputar a presidência da República?

Considero que nós vamos fazer um palanque forte para o projeto do Democratas em Minas Gerais e para o projeto Democratas em nível nacional. Hoje a pretensão do Democratas é a candidatura à presidência da República do deputado Rodrigo Maia. Essa é a nossa realidade e é nesse sentido que nós vamos trabalhar.

 

Quais os temas devem ser focados na campanha ao governo de Minas?

Nós vamos fazer o planejamento do Estado, no tocante à receita do Estado, que será incrementada a partir do desenvolvimento econômico, do fomento à atividade produtiva, da desburocratização, da segurança jurídica para quem empreende e por uma obstinada busca pela geração de empregos e trabalho em Minas Gerais. Crescimento econômico aliado a contenção de gastos públicos, combate às mordomias e enxugamento da máquina pública, qualidade nos serviços públicos, especialmente nas áreas de saúde, educação e segurança pública. Essa convergência de fatores é que fará com que o estado de Minas Gerais cresça como nunca cresceu antes.        

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