A prisão do ex-prefeito de Uberlândia, Gilmar Machado (PT), ontem, pela Polícia Federal, surpreendeu não só a militância petista, mas também os deputados federais e estaduais que acompanharam seu trabalho na Assembleia Legislativa e na Câmara Federal. Considerado como um político sério, Gilmar Machado sempre foi ligado à área educacional. Ele se elegeu na prefeitura de Uberlândia na onda petista, quando o partido teve um crescimento em todo país durante o governo Lula. Mas não conseguiu se reeleger. Ele perdeu no primeiro turno para Odelmo Leão (PP), que obteve 72% dos votos e Gilmar ficou em terceiro lugar com apenas 10%. Na época, ele atribuiu o seu desempenho nas urnas ao cenário nacional e ao desgaste do PT. Agora, Gilmar Machado (foto) teve a sua prisão decretada, e já está na penitenciária de Uberlândia pela Justiça na Operação Encilhamento, que investiga desvio de recursos de institutos previdenciários.
Desdobramento da Lava Jato
O Ministério Público Federal investiga na Operação Encilhamento desvios de pelo menos R$ 1,3 bilhão, em 28 fundos de servidores de prefeituras, em sete estados e no Distrito Federal. Fundos de pensão são uma opção de investimento para possibilitar uma aposentadoria complementar ao trabalhador. São oferecidos por empresas públicas e privadas aos empregados e também por associações. Foram expedidos 20 mandados de prisão temporária em SP, RJ, MG, PR, MT, SC e GO, ao menos 12 foram cumpridos.