Sem recursos para realizar grandes obras, o governador Fernando Pimentel (PT), busca priorizar o atendimento de demandas das comunidades, mas aproveita para ironizar os gastos do governo tucano com obras. Ontem ele assinou a ordem de serviço para liberação de R$ 27,8 milhões para a instalação de 2.993 cisternas e a doação de 492 caixas d´água em 142 municípios mineiros. São melhorias diretas para a população em meio à crise, segundo Pimentel, que frisa que “governar é fazer escolhas. Não é nada mais do que isso. É escolher o que você vai fazer, com o que vai gastar o dinheiro. Eu queria ter dinheiro para fazer muito mais, mas nós não temos. Mas o Estado já teve esse dinheiro, viveu momentos de muita abundância em governos passados. Eu fico olhando em volta e não é difícil constatar”.
Gastos elevados com obras
Pimentel (foto) cita algumas obras que envolveram gastos elevados. “Tem ali a Cidade Administrativa, que sempre falo, que custou R$ 2 bilhões. Será que era importante mesmo fazer aquilo? Teve também aquela obra gigantesca no Triângulo Mineiro, chamada Cidade das Águas, a Hidroex. Custou R$ 450 milhões para ser um conjunto de prédios que abrigaria pesquisadores de água, mas nunca conseguimos colocar um pesquisador lá. Não servia para nada. Resultado: nós transformamos aquilo em um campus avançado da Universidade do Estado de Minas Gerais (Uemg), que está agora usando os prédios para fazer cursos, dar aulas, para não ficar inutilizado”. Outra obra da administração tucana criticada por Pimentel é o Centro de Convenções construído na cidade de São João del-Rei, a um custo de R$ 300 milhões e ironizou sobre os eventos realizados no espaço. ”Sabe quantas vezes esse Centro de Convenções foi utilizado? Nunca. Nunca teve uma convenção, porque São João del-Rei, embora seja uma cidade importante, não tem rede hoteleira para comportar uma convenção de mil pessoas”.