O Hospital Felício Rocho, em Belo Horizonte, foi o segundo no mundo a realizar, com sucesso, o transplante de fígado em casos graves de febre amarela, alcançando o melhor resultado em sobrevida (50%). Nos últimos dois anos, o Hospital realizou cerca de 442 transplantes. Os órgãos transplantados foram de fígado, rim, pâncreas, coração e medula óssea. No mês de fevereiro, um grupo de especialistas brasileiros envolvidos nos transplantes de fígado, em parceria com o Ministério da Saúde, definiu critérios específicos para os casos de troca de órgão em pacientes com a febre amarela. Segundo os médicos, a principal diferença entre os pacientes que sobreviveram e os que morreram foi o momento em que o transplante foi realizado. “Os que tiveram êxito, foram encaminhados para transplante mais precocemente – e quando falo precoce, são apenas um ou dois dias de diferença, o que dá uma ideia do quanto a situação era dramática”, afirma Antônio Márcio de Faria Andrade, responsável técnico pelo transplante de fígado do Hospital Felício Rocho.