Mais de dois mil empresários de todo país participaram do evento “Diálogo da Indústria” com os pré-candidatos à presidência da República, ontem em Brasília, quando puderam detectar quais estão mais afinados com o que deseja o setor produtivo. O debate mais polêmico foi com o candidato do PDT, Ciro Gomes, que foi vaiado em vários momentos, principalmente quando afirmou que tem um compromisso com as centrais sindicais para rever a reforma trabalhista. Ele rebateu a hostilidade da plateia afirmando que se vencer será assim mesmo e acrescentou um “se quiserem um presidente fraco escolham um desses com conversa fiada aqui pra vocês”. Além de Ciro Gomes, os empresários ouviram as propostas de Geraldo Alckmin (PSDB), Marina Silva (Rede), Jair Bolsonaro (PSL), Henrique Meirelles (MDB) e Álvaro Dias (Podemos). A CNI, presidida por Robson Andrade (foto), apresentou aos candidatos à Presidência da República 42 cadernos temáticos com medidas para melhorar as condições produtivas no Brasil e estimular o crescimento sustentado da economia.
PT reclama
O PT lamentou em nota não ter sido convidado pela Confederação Nacional da Indústria para o debate com os presidenciáveis, realizado ontem, em Brasília. Mesmo sem um nome para substituir o ex-presidente na disputa, e com a insistência na manutenção do nome de Lula, que cumpre pena em Curitiba, o partido reivindica espaço nos debates. Na nota, o PT alega que “não há qualquer razão de ordem legal para excluir Lula de debates ou sabatinas. A candidatura do ex-presidente será registrada pelo PT no dia 15 de agosto e somente uma decisão posterior da Justiça Eleitoral, se provocada, poderá levantar a hipótese de inelegibilidade”.
Discutindo o país
Antes de ouvir as propostas dos principais pré-candidatos à presidência da República, os presidentes das Federações das Indústrias e dos sindicatos empresariais de todo o país, puderam ouvir painéis com participação de nomes como do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o ex-presidente da Petrobras, Pedro Parente e o especialista em Direito Constitucional, Joaquim Falcão.