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Presidente da FIEMG teme baixa renovação política com o financiamento público de campanha

Paulo César de Oliveira
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O que parecia ser uma boa ideia, o fim do financiamento privado de campanhas, virou preocupação dos empresários. O novo sistema de financiamento público, segundo Flávio Roscoe (foto), presidente da Fiemg- Federação das Indústrias de Minas Gerais, vai acabar beneficiando os já conhecidos caciques, impedindo a renovação política que, na sua previsão será das menores já vistas no país. Roscoe lamenta que os empresários “que são realmente os que impulsionam a economia e geram empregos”, percam a pouca capacidade que tinham de influir no processo eleitoral e, por isso, defende a estratégia traçada pela Fiemg para ter maior protagonismo nas decisões políticas do país. “Vamos buscar o diálogo direto com a sociedade, discutir e propor medidas para o país e motivar a sociedade a agir, cobrando, dos políticos a adoção de medidas que sejam de interesse do país, criando um ambiente favorável de negócios que estimule o desenvolvimento e a geração de empregos.

 

Mudanças com pressão da sociedade

O líder do setor industrial quer maior participação dos empresários de todos os setores. Ele considera fundamental que o setor produtivo se apresente mais efetivamente junto a sociedade, assumindo o papel de produtor de riquezas e indutor do desenvolvimento. “Quem é empresário, quem produz, gera riquezas, empregos e paga impostos, está estigmatizado. É visto como bandido. Só no Brasil é assim. Precisamos reagir e trabalhar para mudar esta imagem, resgatando o papel do empresário que é o verdadeiro responsável pelo crescimento do país. Nossa proposta é o diálogo franco com a sociedade para juntos, influirmos nas decisões políticas. Roscoe garante, mesmo tendo preferências pessoais para presidente (Meirelles, Alckmin e Bolsonaro), vai manter a Fiemg distante da disputa, abrindo porém espaço para que todos apresentem suas propostas.

 

Incerteza é o pior para investidores

O quadro de incertezas política, com indefinições de candidatos e de propostas dos queda na confiança do empresário. Além disso, a greve dos caminhoneiros, que expos toda a fragilidade institucional do país, ainda impacta este índice.Para o presidente da Fiemg, a pior situação para quem tem que decidir investimentos é a incerteza. A definição do quadro, qualquer que seja ele, facilita decisões que são adaptadas à realidade econômica. Enquanto não se define o quadro, ele acredita em novas reduções do índice de confiança do empresário que, em julho, teve queda, em Minas Gerais, pelo segundo mês consecutivo, ficando abaixo dos 50 pontos, o que indica expectativa negativa para os próximos seis meses.

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