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Tabela de frete impõe custo extra de US$ 5 bilhões a exportadores

Paulo César de Oliveira
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Após o reajuste de 5% na tabela de fretes, confirmado ontem pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) elevou de US$ 4 bilhões para US$ 5 bilhões a sua previsão de custo extra com frete para escoar a safra de soja e milho em 2019. “A situação vai ficando cada vez mais grave. Não tem como produtor nem exportador absorverem isso”, disse o diretor-geral da associação, Sérgio Mendes, em entrevista ao Estado. “O governo vai ter que estudar melhor esse caso e ver como dará uma proteção para os transportadores. Do contrário, valerá a pena comprar caminhões para parte das necessidades de transporte de cooperativas, empresas e do próprio produtor”, afirmou. Conforme Mendes, o reajuste da tabela e a decisão da Aneel de começar a fiscalizar o cumprimento da medida estimulam as empresas a priorizar a compra de grãos com entrega em fábricas e no porto, ou seja, deixando o custo do frete com o vendedor. “Exportador no momento está pensando no compromisso firmado com o cliente. E o principal cliente é a China, que está com um problema com os Estados Unidos; você não pode deixar de garantir o produto para eles”, assinalou. Considerando apenas a exportação de soja, milho e farelo neste ano, a Anec estima um custo extra de US$ 2,4 bilhões com a tabela, mas ponderou que esse valor pode aumentar após o reajuste, a depender dos contratos de cada exportador. “As empresas vão cumprir os compromissos que têm”, enfatizou.

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