Rejeitado pelos dois candidatos que disputam o segundo turno das eleições em Minas Gerais, o PT decidiu ficar neutro no processo. No comunicado divulgado ontem, o partido alegou que “as diferenças programáticas impõem ao Partido dos Trabalhadores esta decisão de neutralidade”. O maior prejudicado com esse veto ao PT é Fernando Haddad, que ficou sem palanque no segundo colégio eleitoral do país.
Máscara caindo
Ainda atordoados com o nocaute, o PT agora, já admite flexibilizar o seu programa de governo. Renunciaram, em definitivo, à proposta neofacista (quem diria) de convocar uma nova assembleia constituinte, que abrigaria a venezuelização do Brasil, além de ensaiarem a substituição da bandeira vermelha pela verde amarela, em suas manifestações de ruas. Tudo indica que, com esse recuo, o PT visa esconder suas verdadeiras intenções, cujos objetivos, sem disfarces, contemplam até a censura da imprensa. Não perderam, no entanto, a mania de apregoarem que o único radical nesse embate é o Jair Bolsonaro, de quem, aos poucos, vão copiando pontos programáticos.
As cores de Haddad
Com as mudanças promovidas na campanha de Fernando Haddad, que inclui usar as cores azul, verde e amarela, além de tirar a imagem de Lula dos cartazes, tudo sob orientação do líder petista, claro, fez o parecer que o candidato petista aderiu à candidatura de Bolsonaro. Além disso, Haddad (foto) ficou mais com a cara do PSDB do que de seu partido, o PT. A estrela petista e a cor vermelha são utilizadas apenas na identificação de Haddad, que tem usado como pano de fundo nas suas gravações na internet um tom cinza azulado. Só no final aparece a frase “Haddad é Lula”. Só resta saber se o eleitor vai se deixar levar pelas novas cores defendidas pelo petista, que também está com um discurso mais brando.