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O peixe morre é pela boca

Paulo César de Oliveira
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Se o governador Romeu Zema (foto) tivesse um pouco de intimidade com a política ou com os políticos mais experientes teria, certamente, ouvido o conselho de “não prometa o que você não pode cumprir”. Durante a campanha eleitoral ele disse que não usaria as aeronaves do governo. Ao contrário, colocaria todas à venda. Zema deixou de ir à posse de Jair Bolsonaro em Brasília, alegando não ter encontrado passagem. Mas usou o avião do governo na última semana para cumprir agenda na capital federal. Ele só não contava que seria vigiado por olhos atentos de eleitores, parlamentares e curiosos ávidos por flagrar algum deslize da sua parte. O assunto caiu na internet e o forçou a se explicar. A alegação do governo é a de que ficaria mais caro comprar passagens comerciais do que o gasto com combustível para levar a comitiva do governo. Como diz o ditado: o peixe morre é pela boca.

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