Os problemas para se fazer a fiscalização das mineradoras em atividade no país começam com o despreparo dos que vêm ao longo dos 20 anos conduzindo os órgãos fiscalizadores. As indicações políticas é que permitiram que a situação chegasse a esse ponto, segundo o presidente da Associação Mineira dos Municípios Mineradores (Amig), prefeito de Nova Lima, Vítor Penido. Ele lembra que quem libera o licenciamento é o Estado, mas quem fiscaliza é o governo federal, que é totalmente despreparado para fazer a fiscalização. Penido (foto) lembra que atualmente o órgão criado para a fiscalização, não tem nem um local próprio para trabalhar. “No Brasil o setor vem sendo tocado, há mais de 20 anos, por pessoas sem nenhum preparo. Espero que daqui pra frente não tenha mais indicação política”, desabafa.
Exército esnobado
O vice-presidente, general Hamilton Mourão não gostou do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), ter esnobado os militares da 4ª brigada de Infantaria, de Juiz de Fora, no resgate das vítimas da tragédia em Brumadinho. A decisão causou estranhamento não só a Mourão, como a outros integrantes do governo, que consideraram inexplicável a decisão, porque o exército quer colaborar. No governo de Minas a explicação é de que agora, o trabalho é especializado.
Requião, o boquirroto
O comentário de Roberto Requião questionando a participação de soldados de Israel na busca das vítimas da tragédia em Brumadinho causou um verdadeiro rebuliço nas redes sociais. Para Requião “este grupo de 140 soldados e 16 toneladas de equipamento mais parece um grupo de assalto à Venezuela do que um grupo bem-vindo, mas desnecessário de salvamento a Brumadinho”. Requião, que não conseguiu mais um mandato no Senado pelo Paraná, passa seu tempo, ao que tudo indica, batendo boca com eleitores nas redes sociais.