A vida de Niomar Muniz Sodré, filha do político baiano Antonio Muniz Sodré de Aragão, que se tornou proprietária e diretora do Correio da Manhã, em 1963, com a morte de seu marido, Paulo Bittencourt, vai virar documentário pelo jornalista e ex-correspondente internacional Roberto Feith (foto). Sob seu comando, o Correio da Manhã passou a fazer forte oposição ao regime militar em 1964. Tida como mulher destemida, em janeiro de 1969, Guiomar teve seus direitos cassados pelo Ato Institucional n. 5, sendo presa. Submetida a processo judicial, foi absolvida em 1970. Alvo de uma serie de pressões políticas e econômicas, o Correio da Manhã teve sua falência decretada e deixou de circular em julho de 1974. Guiomar foi também fundadora junto com o marido do Museu de Arte Moderna (MAM) do Rio de Janeiro, onde exerceu vários cargos.