Do hospital Albert Einstein, o presidente Jair Bolsonaro (foto), cobra respostas da Polícia Federal em relação ao atentado que sofreu durante a campanha eleitoral, em Juiz de Fora. Ele classificou o ocorrido como “ato terrorista” e pediu à polícia que “tenha uma solução para o caso nas próximas semanas”, de forma a indicar quem foram os “responsáveis por determinar” que Adélio Bispo, autor da facada, cometesse o ato. “Espero da nossa Polícia Federal, que nos orgulha a todos, que tenha uma solução para o nosso caso nas próximas semanas. Porque esse crime, essa tentativa de homicídio, esse ato terrorista praticado por um ex-integrante do PSOL, não pode ficar impune”. A cobrança de Bolsonaro foi pela sua rede social, mas o recado está dado.
Ineficiência é a mesma
A eficiência que o presidente cobra da Polícia Federal na apuração de seu caso, é a mesma que milhares de brasileiros cobram das polícias estaduais. O Brasil, que tem uma das maiores taxas de homicídios do mundo- segundo o Atlas da Violência foram mais de 62 mil em 2016- tem também uma taxa ridícula de apuração dos crimes: entre 5% e 8%, sendo que em alguns estados não passa de 2%. Menor do que a apuração só mesmo a punição dos criminosos que fica próxima a 2%, o que explica, em parte, a violência no país. Que a indignação do presidente com a demora da apuração do atentado que sofreu sirva de exemplo para todos nós.
