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Doria acredita que reforma da Previdência vai trazer investimentos para o país

Paulo César de Oliveira
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A proposta de reforma da Previdência, que será apresentada ao presidente Jair Bolsonaro nesta sexta-feira, e aos governadores no dia 20, estará respaldada nas necessidades de estados e municípios, segundo o governador de São Paulo, João Doria (foto). Na palestra que fez para empresários, políticos e autoridades mineiras no primeiro almoço-palestra do Conexão Empresarial 2019, evento promovido pela VB Comunicação, Doria disse acreditar que quando aprovada, a reforma trará ganhos para todos. Os grandes grupos estrangeiros aguardam apenas a aprovação da reforma para que possam investir no Brasil. Doria confia que até julho a reforma terá sido aprovada na Câmara e no Senado e, a partir de agosto, haverá investimentos no país como nunca se viu. Em entrevista para o Blogdopco, Doria falou da morte de Boeacht e das matérias que interessam aos governadores além da reforma da Previdência, como um novo pacto federativo.

 

O senhor era amigo do jornalista Ricardo Boechat. A sua morte deixará uma lacuna?

Foi um momento muito triste para mim, para toda a família do Boechat, a Veruska, seus filhos, amigos, colegas e admiradores. A perda do Boechat foi algo impactante. Aos 66 anos ele estava no ápice da sua vida intelectual, da sua vida conceitual, do seu posicionamento profissional, vivendo um momento muito diferenciado, reconhecido por todos, inclusive pelos veículos de comunicação que concorrem com a Band. Sua perda foi inestimável. Tinha uma relação com o Boechat de mais de 40 anos, jogávamos bola juntos. Ele gostava de jogar futebol e eu também. Perdemos uma figura exemplar no jornalismo, um grande brasileiro, um grande defensor da democracia.

 

Como estão sendo os primeiros passos no governo?

Vamos mostrar a importância de um governo liberal, aliás, creio que também está sendo feito em Minas Gerais. Essa tragédia em Brumadinho dificultou essa fase inicial do governo em Minas. Solidariamente, temos uma equipe do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil, em Brumadinho, dois helicópteros, 10 pilotos, 16 veículos e quase 90 bombeiros continuam aqui, cooperando com a Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros de Minas Gerais. Vim falar para os empresários dessa política desestatizante, moderna, inovadora, anti burocracia e digital.

 

Alguns estados estão em uma situação mais dramática financeiramente como Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. Eles contam com o Fórum de Governadores para ajudar na negociação com o governo federal. O que de imediato pode ser feito, inclusive no Congresso Nacional, com matérias como o de um novo pacto federativo?

O pacto federativo vai acontecer. Esse é um compromisso do governo Bolsonaro com os governadores e um compromisso com o país. Esse não é um favor para governadores, nem uma visão partidária e ideológica. É uma visão moderna de boa gestão de fazer um pacto federativo dando aos governos dos estados a capilaridade para recursos voltados para a educação, a saúde, habitação, infraestrutura, segurança pública, ao invés de concentrar em Brasília e exigir quase que um beija mão, em um passado recente. O compromisso do governo, em especial do Paulo Guedes, será cumprido. Em relação a reforma da Previdência é o que motiva o Fórum de Governadores no próximo dia 20. Ele será focado especificamente no tema Previdência, e, de preferência, sem o toma-lá-da-cá. Compreendo as dificuldades de governos que têm uma situação quase que dramática do ponto de vista financeiro, que é o caso de Minas. Isso não é um tema que cabe responsabilidade ao governador Romeu Zema, e sim ao seu antecessor, que foi um desastre em Minas Gerais, isso eu posso afirmar, porque de fato foi. É só olhar as finanças de Minas para se ter uma noção da gestão desastrosa que foi a gestão de Fernando Pimentel. Em outros estados brasileiros também como Rio Grande do Sul, estados do Nordeste e o Rio de Janeiro, mas acredito que para que os governadores tenham uma posição respeitável em termos de apoio reforma da Previdência não deva ser vinculado ao tema. Essa discussão tem que ser feita separadamente. A reforma da Previdência vai ajudar a todos, indistintamente, os que estão bem e os que não estão bem. Os que têm problema fiscal devem ter um entendimento separadamente, temos que ter uma visão de brasilidade, de grandeza, mesmo que os problemas sejam agudos.

 

Alguns ministros estão trombando com o ministro da Economia, como a ministra da Agricultura e na Câmara, o presidente da Casa, Rodrigo Maia, não esconde os ruídos com o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni. Como resolver essa situação?

Com diálogo, esse é o bom caminho. Aliás, é esse o caminho que hoje sinto no Congresso. É este o entendimento que vem harmonizando os entendimentos, é o diálogo e é isso que vai resolver.

 

O senhor é candidato à presidência da República?

Não. Sou candidato a ser um bom governador de São Paulo. Fui eleito para esta finalidade e esta é a minha responsabilidade. Meu foco é a gestão de São Paulo e acho muito ruim qualquer tema vinculado a eleição. Mesmo as eleições municipais daqui a dois anos é uma precipitação. Nós todos temos que ter consciência de apoiar o governo Bolsonaro para que seja um bom governo e ajude o Brasil, independente de posição partidária, de estar ou não alinhado ao governo Bolsonaro. Apoiar as boas medidas: a reforma da Previdência, a reforma Tributária, as iniciativas desestatizantes, as iniciativas desburocratizantes e tudo aquilo que o governo puder fazer para melhorar a qualidade de vida das pessoas, inclusive dos mais pobres e humildes. A hora é de gestão, não de eleição.

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