Dirigentes alertam para o impacto social para os cortes no Sistema S

Dirigentes de federações e confederações patronais vêm alertando sobre o risco que poderão sofrer as nove entidades corporativas que compreendem o Sistema S (Sesi Senai, Sesc, Senac, Sest, Senat, Senar, Sescoop e Sebrae), além das agências de fomento ABDI e Apex, com os cortes anunciados pelo governo. Preocupados, os dirigentes afirmam que os cortes irão promover a diminuição da oferta de ensino, de cursos profissionalizantes e de oportunidades de lazer e cultura para, aproximadamente, 12 milhões de pessoas em todo o país. Parte da receita do Sistema S é oriunda da contribuição compulsória (que varia de 0,2% a 2,5%) sobre a folha de pagamento das empresas brasileiras. Esses recursos são recolhidos junto com os tributos do INSS, passam pelo Ministério da Previdência e seguem para as Confederações Nacionais, como a da Indústria e a do Comércio, que os repassam às 11 entidades que formam a organização. É o repasse desses recursos que permite a gratuidade em muitos cursos técnicos, em atividades culturais e serviços de educação ofertados pelos serviços sociais autônomos. Em 2017, o valor total da receita orçamentária, via arrecadação indireta, das 11 entidades que formam o sistema, foi de R$ 17 bilhões.